Numa final muito disputada e cheia de emoção, o Jaraguá venceu o Praia Clube e conquistou o seu quinto título da Liga Nacional de Futsal, igualando ao Carlos Barbosa como maior vencedor da competição. A conquista foi um reencontro do time com seu passado glorioso. Depois do último título, em 2010, o projeto chegou perto do desaparecimento, mas o trabalho incansável de ex-jogadores ligados ao clube impediu o final de uma história vitoriosa.
O capitão Leco, que não pode jogar a final por estar suspenso, é o símbolo maior do resgate e recuperação do projeto do salonismo de Jaraguá. Ele e Tiago, dentro da quadra, e Junai, Márcio, Fernando, Chico e Lenísio, nos bastidores e na gestão, se recusaram a aceitar o final de uma das equipes mais importantes da história do salonismo brasileiro. Juntos com Xande Melo, o comandante do time, um dos profissionais mais respeitados do meio, escreveram mais uma bonita página deste projeto que nasceu em 1992.
Se a velha guarda foi importante em todo o processo de reconstrução, a garotada também assumiu a sua parcela de responsabilidade. Na final da Liga Nacional, Eka e Marcênio colocaram a experiência e qualidade, mas Nicolas, Pedrinho e Bruninho foram decisivos, mostraram que já são realidade e que podem trilhar o caminho dos muitos craques que passaram por Jaraguá, como Falcão, Manoel Tobias, Franklin e muitos outros.
O título do Jaraguá recoloca Santa Catarina no topo do salonismo brasileiro. Temos várias equipes na principal competição nacional e alguns desses projetos vêm crescendo a cada ano. O nosso bom momento também é reflexo da nova administração da Federação Catarinense de Futebol de Salão, que sob o comando de Nélson Carvalho Neto recuperou a credibilidade da instituição, projetando um futuro ainda melhor para a modalidade em nosso estado.
Parabéns para todos os envolvidos no projeto de Jaraguá e também para a sua apaixonada torcida, que não desistiu do time nos momentos difíceis. Não é fácil fazer esporte no nosso país. As dificuldades são muitas e o apoio muitas vezes não é o suficiente. Que o exemplo de Jaraguá sirva para todos os abnegados que tentam fazer esporte no Brasil.