O Taboão/Magnus começa neste sábado (11) a decidir a Liga Feminina de Futsal, contra o Stein Cascavel. A primeira partida será às 18h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo do UOL.

E a equipe conta com uma verdadeira seleção sul-americana em seu elenco para conquistar o título inédito e aumentar a já vasta galeria de troféus.

O time paulista cedeu seis jogadoras para a disputa da Copa América de seleções, há pouco mais de um mês, na Argentina. Foram três para o Brasil e outras três para o Paraguai.

A goleira Desi, a ala Luana e a pivô Lívia foram as selecionadas pela seleção brasileira. Já a paraguaia contou com as alas Lore Britez, Pao Britez e Claudia Romero.

Legião paraguaia em alta

As três jogadoras do Paraguai são parte fundamental do sucesso do Taboão/Magnus. As irmãs gêmeas Lore e Pao Britez já estão no clube desde 2018. Claudia está em sua primeira temporada.

As três vêm se destacando em quadra. Pao, por exemplo, é uma das artilheiras da LFF até o momento.

E, para conseguir se estabelecer na equipe e performar em alto nível, elas contaram com a parceria das jogadoras brasileiras.

“Nossas colegas de quadra, de time, foram muito especiais. Elas tiveram muita paciência com a gente, nos ensinaram tudo. Nos sentimos muito abraçadas. Todo mundo teve paciência, nos ajudaram muito. Sou muito grata a todas elas pela minha evolução pessoalmente. Se não tivesse tido paciência e nos ensinado da forma que foi, não sei se teríamos ficado”, contou Lore.

A adaptação ao Brasil foi tão boa que elas até sentem falta da comida brasileira quando estão no Paraguai.

“Estou gostando muito do Brasil. Quando vou pra casa, sinto muita falta do arroz e feijão (risos). Aqui só se come isso, tem que ter todos os dias. Fico com saudade de comer isso quando vou pra casa. Mas fico muito feliz pela trajetória, pelas conquistas, estamos em um caminho muito bom, mas ainda em busca do extraordinário”, explicou.

Trabalho de “artesã” no comando

Quem tem a missão de dirigir um elenco diverso como o do Taboão/Magnus é Cris Souza, que já foi eleita a melhor treinadora do mundo.

E conseguir adaptar jogadoras de outro país é apenas mais um dos desafios que ela encontra no comando da equipe. Entretanto, o sucesso da equipe em quadra mostra que a treinadora tem feito isso de maneira irretocável.

“Chegar nesse patamar é desafiador, se manter nele é ainda mais. Tenho que me manter sempre atualizada, trazer novas movimentações, entender o jogo e trabalhar isso com as atletas. Costumo dizer que é um trabalho de artesã. A gente aprende todo dia, cria todo dia. A gente se reinventa a todo momento para conseguir se manter no topo há muitos anos”, disse.

O Taboão/Magnus se consolidou nos últimos anos como uma das principais equipes do mundo no futsal feminino. São várias as conquistas importantes recentes, como a Libertadores de 2022, entre outros títulos.