A temporada de 2017 começou e a torcida beltronense nem sonhava que o pivô Sinoê vestiria a camisa do Cresol/Marreco Futsal. Depois da Taça Brasil, disputada no Ginásio Arrudão, o clube anunciou a contratação do jogador da Seleção Brasileira, que chegou para mostrar que ainda tinha condições de atuar em alto nível. Os números apareceram dentro de quadra, pois ele marcou 33 gols no ano, foi o artilheiro da Liga Nacional e vice-artilheiro do Paranaense.

Divulgação Marreco

Em 2017, Sinoê marcou 33 gols com a camisa do Marreco. Foto: Divulgação Marreco

Mas faltou o que Sinoê mais queria: títulos. Agora, com contrato renovado até dezembro de 2019, o melhor pivô da Liga Nacional 2017 quer trocar a artilharia e os prêmios individuais por conquistas de campeonatos.

Sinoê está machucado e se recuperando durante a pré-temporada, assim como Dener, Guina e o goleiro Quinzinho, que estão no departamento médico. Nesta quinta, o time estreia na Copa Rádio Chopinzinho contra o Ampere. Confira a entrevista que o JdeB fez com Sinoê, que promete um desempenho ainda melhor em 2018:

JdeB – Qual a expectativa que dá pra passar pro torcedor sobre a temporada 2018?

Sinoê – A gente conversa muito desde que chegamos sobre as metas que precisamos alcançar. A cobrança vai ser ainda maior, devido ao vice-campeonato do Paranaense. A gente precisa de título, tanto o clube como a cidade. Mas pelo plantel que a gente tem, podemos disputar o título em qualquer competição que disputarmos.

JdeB – O conjunto entrosado do Marreco pode ser um diferencial?

Sinoê – Com certeza. A maior parte do grupo renovou contrato. Vieram mais alguns atletas com qualidade para reforçar a nossa equipe. O plantel não é tão grande, mas a gente já tem um certo entrosamento. Os que chegaram vão se adaptar facilmente, pois são apenas cinco.

JdeB – Seus números em 2017 foram muito bons. Qual vai ser a sua cobrança individual para superar o ano passado?

Sinoê – Como cheguei no ano passado, com uma certa desconfiança de todo mundo, acabei mostrando que tenho condições de jogar em alto nível ainda. Minha meta esse ano é título. Nem penso muito na minha parte individual. Penso mais no clube, que precisa de títulos. Os patrocinadores também esperam isso. Vou fazer meu máximo dentro de quadra pra conseguir esse objetivo. Mas precisamos boas pontuações na primeira fase para trazer o mata-mata pra dentro de casa.

JdeB – E já tá quase 100% fisicamente?

Sinoê – A musculatura está um pouco pesada ainda. Vai começar a soltar agora com os amistosos. A gente sabe que o início é meio complicado, mas a gente que joga sabe que tem que passar por algumas dificuldades.

JdeB – O que esperar do torcedor do Marreco?

Sinoê – Peço ao torcedor que mantenha o que fez para nós em 2017, nos ajudando do início ao fim em todas as competições. Até nos momentos ruins a torcida estava com a gente. Precisamos de mais um voto de confiança. A gente sabe que a torcida ficou chateada com a derrota para o Pato na final, nós também ficamos, mas a gente vai tentar o máximo. Sabemos que esses torcedores amam esse clube.

JdeB – Depois da final, muitos torcedores criticaram. Mas teve uma parte que recepcionou vocês em Francisco Beltrão, apoiando mesmo com a derrota. Como foi receber esse carinho?

Sinoê – Crítica é normal. A gente sabe que não fez um bom jogo em Pato Branco, não encaixou. Na final, não pode vacilar como a gente fez. Quanto à torcida, a gente não esperava outra coisa diferente, pois chegamos aqui e eles estavam nos esperando. Ninguém queria perder, mas esse carinho foi importante naquela hora pra a gente saber que a torcida está do nosso lado.

JdeB – E como você lida com as provocações dos rivais, pois você é um dos jogadores mais visados?

Sinoê – Isso é tranquilo. É normal o rival brincar e colocar apelido. Desde que não falte com a educação com a gente, está tudo certo. Na minha página no Facebook, eu sempre coloco que o torcedor pode brincar e zoar, mas não pode faltar com o respeito. Pela rivalidade e o tamanho que é o clássico, isso é normal. A gente perdeu e tem que aguentar. Vai chegar a nossa hora também, vamos ganhar e tirar onda deles.