Sempre na briga por títulos nos últimos anos, o futsal do Corinthians faz boa campanha na Liga Nacional Futsal. Após golear Jaraguá por 5 a 2, na última sexta-feira, o time alvinegro pulou para o quarto lugar. Se não é novidade, a campanha deve ser ressaltada pelos percalços que o time passou desde o fim da última temporada.
“O Corinthians acabou mesmo, por dois dias. Depois, pensaram com carinho e retomaram o projeto”, disse o goleiro Guitta ao ESPN.com.br.
Gerente de futsal do clube, Edson Sesma, o Edinho, já havia dito à reportagem que foi cogitado pedir uma licença da liga caso não houvesse a possibilidade de se montar uma equipe competitiva. Porém, o clube conseguiu manter alguns dos principais jogadores, como o pivô Deives, o ala Leandro e o já citado Guitta. Dessa forma, se manteve no torneio, mesmo tendo reduzido 70% da folha da pagamento.
“O Corinthians sempre entra para ganhar títulos. Tivemos muitas baixas, mas creio que temos um time muito forte, e estamos almejando chegar na final da Liga”, disse o goleiro. Esse objetivo, se alcançado, seria inédito para o clube, que parou nas últimas seis semifinais.
Além da manutenção de jogadores importantes, o time contratou nomes experientes, como Índio e Vander Carioca. Quando tudo parecia sob controle, mais um imprevisto: o experiente técnico Fernando Ferretti deixou o clube para assumir o Magnus/Sorocaba, do craque Falcão.
Segundo Edinho, não há um prazo para que se contrate um novo comandante. André Bié, treinador do sub-20 e auxiliar de Ferretti, está provisoriamente como técnico da equipe principal, e não é descartada sua efetivação. O Corinthians volta a quadra pela Liga Nacional de Futsal na próxima segunda-feira, quando enfrenta Guarapuava fora de casa. Na Liga Paulista, o time alvinegro lidera o grupo A com 20 pontos em oito jogos.
“Não acredito na redução da folha”, diz um dos dispensados.
Se conseguiu ficar com jogadores importantes, outros tantos deixaram o Corinthians após a indefinição que se abateu no início da temporada. Simi, Neto, Elisandro, Valdin e Marinho foram alguns deles.
“Falaram na redução para contratar quem eles queriam. Redução houve, mas não 70% como divulgaram. Quando fomos eliminados da Liga nos deixaram um mês sem saber o que aconteceria. Não nos deram o respeito que merecíamos”, declarou o fixo Marinho, que hoje joga no Keima, de Ponta Grossa-PR.
Notícia: Henrique Munhos/ ESPN
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