Leto Ribas
Seleção Brasileira enfrenta a Ucrânia na semifinal da Copa do Mundo| Foto: Leto Ribas

Nesta quarta-feira (02), a Humo Arena em Tashkent, Uzbequistão, será palco de um duelo decisivo entre Brasil e Ucrânia pela semifinal da Copa do Mundo. Em busca do hexacampeonato mundial, a Seleção Brasileira fez na tarde desta terça-feira os ajustes finais para entrar em quadra e disputar uma vaga para a final da competição.

Na coletiva de imprensa, o treinador Marquinhos Xavier destacou a importância de manter a constância e a intensidade nos jogos. Ele também enfatizou que a semifinal não seria apenas uma questão técnica, mas também emocional. Para ele, ser o maior vencedor em Copas do Mundo e a expectativa do sexto título após 12 anos não impõe pressão.

“Eu não sinto nenhum tipo de pressão por isso. Eu sinto apenas prazer de estar indo buscar o nosso espaço, a nossa história. E é com essa leveza que a gente tem que trabalhar todos os dias. Por natureza, por cultura, nós somos alegres, somos felizes, somos otimistas. E a gente quer manter isso. Se sentir a pressão, nós vamos sair do que é a nossa essência, o que nós somos”, explica.

Xavier relembrou o recente confronto entre as duas equipes em uma data FIFA, onde a Ucrânia já havia mostrado seu potencial em um jogo físico e desafiador. Em abril deste ano, em um torneio amistoso na Lituânia, o Brasil venceu a Ucrânia por 7 a 2. Nesse mundial, a seleção ucraniana se classificou em segundo lugar no Grupo C para as oitavas, quando derrotou a Holanda por 3 a 1 e avançou na competição. Nas quartas, a seleção ucraniana venceu a Venezuela por 9 a 4. É a segunda vez na história que a Ucrânia chega a uma semifinal. A primeira vez foi em 1996, quando perdeu para a Espanha, que avançou à final.

“A Ucrânia é uma seleção muito competente com um jogo físico muito difícil. Chegaram a uma semifinal e com isso a gente tem que ter um nível de atenção ainda maior. O que a gente está trabalhando é justamente isso. A gente tem constância porque a intensidade já foi apresentada. Nós somos intensos e estamos tentando manter isso, independente do adversário que nós enfrentaremos. Queremos apresentar o que a gente trabalhou durante três anos nesse ciclo.”

O Brasil é o maior vencedor em mundiais. Foi campeão do torneio em 1989, 1992, 1996, 2008 e 2012. Nesta edição, a Seleção Brasileira tem o melhor ataque da Copa do Mundo, com 35 gols marcados e apenas três sofridos. Na estreia, aplicou uma goleada de 10 a 0 sobre Cuba. Na sequência, derrotou a Croácia por 8 a 1 e finalizou a fase de grupos com uma vitória por 9 a 1 sobre a Tailândia. A Seleção avançou para as quartas depois de vencer por 5 a 0 a Costa Rica, e chegou na semifinal após derrotar Marrocos por 3 a 1. Marquinhos Xavier ressalta que a campanha do Brasil é, também, resultado da estratégia defensiva da equipe.

“O nosso retrospecto defensivo nos habilita a dizer que é pela defesa que a gente tem começado tudo. A defesa tem sido a nossa grande arma, prova de que a gente tem conseguido chegar até esse momento. Nós temos ainda algo para mostrar para o mundo e isso vai aparecer na medida em que a dificuldade do jogo vai aumentando. Nós treinamos muito a utilizar outros sistemas, outra forma de defender e também em outras situações.”, afirma.

Com um elenco preparado e motivado, Xavier explica que a semifinal contra a Ucrânia é uma oportunidade para reafirmar a força do futsal brasileiro no cenário mundial.
“O combustível que nós temos é a nossa motivação para ir além do que a gente fez nesses últimos três anos. O respeito, principalmente por todas as seleções, é o respeito que a gente tem com a nossa modalidade, com o nosso esporte”.

Brasil e Ucrânia é nesta quarta-feira, às 12h (horário de Brasília), em Tashkent, Uzbequistão. A partida terá transmissão da CazéTV, Sportv e FIFA+