Conheça os oito candidatos às eleições da Fifa, marcadas para 26 de fevereiro de 2016:

Ali Bin Al Hussein

Idade: 35 anos

Nascimento: 23 de dezembro de 1975 (Jordânia)

No futebol: Vice-presidente para a Ásia da Fifa e único concorrente de Joseph Blatter nas eleições de maio

Bolsa de apostas: É um nome que vai fortalecido para o pleito, especialmente se Michel Platini não concorrer.

 

Gianni Infantino

Idade: 45 anos

Nascimento: 20 de março de 1975 (Suíça)

No futebol: Secretário-geral da Uefa e braço direito de Michel Platini, suspenso pelo comitê de ética da Fifa por 90 dias.

Bolsa de apostas: É o candidato-surpresa que ganhou força por ter o apoio da Uefa. Não estava cotado até o final de semana, agora pode ser um forte concorrente.

 

Tokyo Sexwale

Idade: 62 anos

Nascimento: 5 de março de 1953 (África do Sul)

No futebol: Conhecido por ter divido cela com Nelson Mandela, Sexwale não tem grande vínculo com o esporte. Seu currículo se resume à organização da Copa do Mundo na África do Sul.

Bolsa de apostas: É azarão. Ganhou algum nome no futebol durante o Mundial de 2010, mas naquele ano o “cara” da África do Sul era Danny Jordan, que está enrolado com as questões envolvendo corrupção na Fifa.

 

Salman Bin Ibrahim Al Khalifa

Idade: 49 anos

Nascimento: 2 de novembro de 1965 (Bahrein)

No futebol: É o atual presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC), entidade com o segundo maior contingente de votos no pleito. Membro da família real barenita, acumula acusações de violação dos direitos humanos.

Bolsa de apostas: Até pode ganhar bastante votos na Ásia. Mas não é a “cara limpa” que a Fifa mais desejaria neste momento.

Jérôme Champagne

Idade: 57 anos

Nascimento: 15 de junho de 1958 (França)

No futebol: É diplomata francês e foi dirigente da FIFA, na área de relações internacionais, de 1999 a 2010. Apontado como candidato de Joseph Blatter.

Bolsa de apostas: Apareceu e falou mal da direção da Fifa antes das eleições deste ano. Mas começa a ficar mais para trás com o possível apoio, atualmente nada interessante, de Blatter.

David Nakhid

Idade: 51 anos

Nascimento: 15 de maio de 1964 (Trinidad e Tobago)

No futebol: Foi capitão da seleção de Trinidad e Tobago entre 1992 e 2004, disputando 35 partidas oficiais. Passou pelo futebol da Bélgica, Grécia e Suíça.

Bolsa de apostas: Tal qual o período em que jogou futebol, é zebra. Ajudou a colocar seu nome em evidência. Só isso.

 

Michel Platini

Idade: 60 anos

Nascimento: 21 de junho de 1955 (França)

No futebol: Apesar do envolvimento no escândalo de corrupção da Fifa, Platini segue na disputa. O ex-jogador é presidente da Uefa desde 2007 e era apontado, antes da suspensão, como favorito ao cargo. Ídolo da seleção francesa foi eleito o melhor jogador do mundo em 1983, 1984 e 1985, entre outros títulos individuais.

Bolsa de apostas: É o nome mais forte, se puder concorrer. E é isso o que, neste momento, pesa contra o francês. Está suspenso pela Fifa, talvez nem esteja elegível em 26 de fevereiro.

Musa Bility

Idade: 48 anos

Nascimento: 6 de abril de 67 (Libéria)

No futebol: Presidente da federação de futebol da Libéria desde 2010. Empresário, CEO da srimex, do ramo de importação de produtos de petróleo e cimentos.

Bolsa de apostas: Apareceu na bacia das almas para concorrer. Deve ser só um figurante no pleito.

Notícia: Priscila Bertozzi

Xeque candidato à Fifa estaria ligado à repressão a atletas pró-democracia

No mesmo dia em que Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol, teve oficializada sua candidatura à presidência da Fifa, o “The Guardian” jogou uma nuvem de desconfiança em relação às pretensões do xeque. Segundo o jornal inglês, um comunicado publicado em abril de 2011 e proveniente do serviço oficial de notícias do governo do Bahrein cita Salman como chefe de um comitê de repressão a desportistas que se manifestam em favor da democracia no país.

O periódico reproduziu informações da Agência de Notícias do Bahrein informando que o xeque Nasser Bin Hamad al-Khalifa, filho do rei e chefe do Comitê Olímpico, determinara a formação de comissão para investigar e punir as “violações cometidas por afiliados ao movimento desportivo”, e Salman seria o cabeça de tal comitê.

“O xeque Nasser Ben Hamad al-Khalifa, presidente do Conselho Supremo da Juventude e Desporto, chefe do Comitê Olímpico, emitiu uma decisão de formar uma comissão oficial de inquérito para investigar as violações cometidas por alguns daqueles afiliados ao movimento desportivo durante os eventos deploráveis ​​testemunhados pelo Reino de Bahrein recentemente. O xeque Salman bin Ebrahim al-Khalifa, Secretário Geral da Juventude e do Desporto, vai liderar o comitê de investigação – salienta o comunicado reproduzido pelo tabloide inglês.

Em 2011, a “Associated Press” relatara que mais de 150 atletas, treinadores e árbitros foram presos depois que um comitê especial, presidido por Salman, que era então chefe da Associação de Futebol do Bahrein, identificou-os a partir de imagens de protestos. Tais medidas foram citadas pelo “Bird” como clara evidência da quebra do Código de Ética da Fifa.

Presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC em inglês) desde 2013, com o apoio de Joseph Blatter e Michel Platini, Salman Bin Ebrahim Al Khalifa foi questionado sobre seu papel na repressão aos desportistas do Bahrein e refutou qualquer irregularidade de conduta das entidades em que está à frente, assim como negou que tenha ordenado sanções.

– Gostaria de reiterar que, na minha qualidade de presidente da Associação de Futebol do Bahrein, sempre tive o compromisso de gerir, controlar e desenvolver o nosso jogo de forma independente e autônoma, sem qualquer tipo de interferência externa. Posso garantir a qualquer pessoa que o BFA (sigla da Associação em inglês) está sendo conduzida de acordo com os mais altos padrões possíveis de governança de integridade e transparência – em plena consonância com os estatutos da AFC e da Fifa, e nenhuma ação foi tomada sob minha direção contra qualquer membro da comunidade do futebol.

Notícia: GloboEsporte.com
Imagem: AP Photo/ Vincent Thian, File

Zico não consegue respaldo para se candidatar e está fora de corrida pela Fifa

Zico está fora da corrida pela presidência da Fifa. O ex-jogador teve o apoio de apenas duas federações – São Tomé e Príncipe e Angola – e não protocolou a candidatura no prazo estipulado pela Fifa. Eram necessárias cinco assinaturas para concorrer ao cargo do demissionário Joseph Blatter, em fevereiro. A CBF tinha condicionado o respaldo a Zico à chancela de outras quatro entidades, o que acabou não acontecendo.

“Por enquanto, o Zico irá cumprir o contrato dele com o Goa, da Índia, mas a ideia é mostrar que a falta de experiência é um dos grandes triunfos dele. Ele abriu um grande debate para mudarmos esse sistema. Ele não tem mágoa nem revolta com a CBF e em um futuro próximo buscaremos novos desafios no futebol”, disse Ricardo Setyon, consultor sênior de relações internacionais e comunicação da campanha de Zico, à ESPN.

Além da CBF, o comentarista do canal Esporte Interativo não teve o apoio da Conmebol, que preferiu avalizar a campanha de Michel Platini mesmo após a suspensão de 90 dias imposta pelo comitê de ética da Fifa.

“A grande esperança da campanha era de que a CBF, ao invés do quinto voto após as mudanças, se transformasse no primeiro voto, o que não aconteceu. O Zico era o único candidato que não tinha o apoio oficial do seu próprio país”, completou Setyon.

Com o fim do prazo imposto pela Fifa, encerrado às 21h desta segunda-feira (26), exatos quatro meses antes das eleições, os candidatos à presidência da Fifa são: Ali Bin Al Hussein, Gianni Infantino, Tokyo Sexwale, Salman Bin Ibrahim Al Khalifa, Jérôme Champagne, David Nakhid e Michel Platini que, mesmo suspenso, não teve sua candidatura impugnada.

Notícia: Redação

Eleições na Fifa: Uefa substitui Platini, e xeque do Bahrein representa a Ásia

Reviravolta na Europa, cara nova e desistência na Ásia, e possíveis candidatos vindos da África. O último dia para confirmação de candidaturas para presidência da Fifa, em eleições marcadas para 26 de fevereiro, começou muito movimentado. A maior surpresa é a substituição de Michel Platini por Gianni Infantino como representante da Uefa, anunciada pela entidade, enquanto o xeque Salman, do Bahrein, angariou o apoio das associações asiáticas. Entre os africanos, Musa Bility, da Libéria, já teria apresentado sua documentação, e Tokyo Sexwade promete representar os sul-africanos no pleito, que oficialmente não contará com o sul-coreano Chung Mong-Joon. Concorrente brasileiro, Zico não conseguiu os cinco apoios e está fora.

Além dos já citados, o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein, o francês Jerome Champagne, ex-vice-secretário da Fifa, e David Nakhid, ex-jogador de Trinidad e Tobago, apresentaram suas candidaturas. Na mesma situação de Zico, o suíço Ramon Vega e David Ginola, ex-atacante francês, cogitaram concorrer, mas não receberam apoio. Assim, entre confirmados e desistentes, já são 12 nomes especulados como possíveis substitutos de Joseph Blatter no cargo máximo do futebol mundial.

EUROPA INDICA SECRETÁRIO PARA LUGAR DE PLATINI

Diante das dúvidas a respeito de Michel Platini por conta da suspensão de 90 dias imposta pelo Comitê de Ética da Fifa, a Uefa resolveu agir para não correr risco de ficar sem candidato nas eleições. Sendo assim, o suíço Gianni Infantino, secretário-geral da entidade desde 2009, foi oficializado como representante da Europa no pleito. A decisão foi tomada no domingo e confirmada pelo site oficial com o aval das 54 associações filiadas ao órgão, conforme revelado no comunicado abaixo:

“As próximas eleições para presidência da Fifa representam um momento crucial para o futuro do jogo e da própria Fifa. Nós acreditamos que Gianni Infantino tem todas as qualidades necessárias para assumir os maiores desafios e liderar a organização em reformas para recuperar sua integridade e credibilidade.

Giani tem feito um grande trabalho na Uefa, tendo comprovado ser um administrador de alto nível, e construiu relações positivas com pessoas relacionadas ao futebol no mundo todo. Ele defende há muito tempo a necessidade de mudança e renovação para o desenvolvimento da Fifa e pode trazer uma voz esclarecida para as discussões sobre governanças no futebol.

Estamos satisfeitos que Gianni tenha concordado e ele conta com todo nosso suporte em sua campanha para se tornar presidente da Fifa. Ele está em processo para conquistar o apoio necessário e divulgará um comunicado ainda nesta segunda-feira”.

Infantino surgiu como opção após Ángel Villar, presidente em exercício da Uefa e responsável pela Federação Espanhola, recusar a possibilidade. Michael Van Praag, da Holanda, o alemão Wolfgang Niersbach e o inglês David Gill chegaram a ser cogitados, mas perderam espaço para o secretário-geral, que teria enviado o recado para todos os associados: “Me apresento para presidência da Fifa e conto com o apoio de vocês”.

A decisão surpreendente de substituir Michel Platini aumentou também as possibilidades de eleições presidenciais serem convocadas na Uefa. Com o francês suspenso e sem previsão de retorno, o tema começa a ganhar força nos bastidores.

XEQUE DO BAHREIN RECEBE APOIO DE ASIÁTICOS

Presidente da Confederação Asiática de Futebol, o xeque Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, do Bahrein, oficializou seu desejo de participar do pleito no domingo, de acordo com agências de notícias de seu país. A entidade máxima do futebol encerra nesta segunda-feira o prazo para inscrição de chapas com comprovação do apoio de pelo menos cinco associações nacionais.

O xeque Salman já enviou toda documentação para Fifa e conta com o incentivo do também xeque Ahmad Al-Fahad Al-Sabah, do Kuwait. Figura importante no cenário esportivo mundial, especialmente no movimento olímpico, ele teria sido responsável por conquistar o aval das associações asiáticas para o parceiro.

Salman Bin Ebrahim Al Khalifa apoiava Michel Platini no pleito em um primeiro momento, mas optou por sua própria candidatura após sua suspensão por 90 dias de atividades ligadas ao futebol por conta de investigações da Justiça suíça. Platini é investigado por receber dois milhões de francos suíços de Joseph Blatter em 2011. A alegação do dirigente é de que a quantia é referente a um trabalho de consultoria.

LIBERIANO E SUL-AFRICANO REPRESENTAM A ÁFRICA

A África também se movimenta para mostrar força nas eleições e surgem com dois candidatos: Musa Bility, presidente da Federação de Futebol da Libéria, e Tokyo Sexwale, da África do Sul. De acordo com a BBC, o primeiro já apresentou oficialmente sua chapa, enquanto o sul-africano, que anunciou seu desejo no último sábado, garante ter o apoio da associação nacional de seu país e tem até o fim desta segunda-feira para apresentar a documentação necessária para participar das eleições de 26 de fevereiro.

Possível representante brasileiro no pleito, Zico ainda não se manifestou nesta segunda-feira a respeito do apoio das cinco associações que o permitiria ser candidato. A CBF já revelou que será solidária ao Galinho, desde que outras quatro entidades se juntem a ele.

 

BANIDO POR SEIS ANOS, COREANO DESISTE

Entre tantas possibilidades, uma decisão já foi tomada e comunicada nesta segunda-feira: Chung Mong-Joon não participará das eleições. Banido por seis anos pelo Comitê de Ética da Fifa por comportamento inadequado durante o processo de escolha das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022, o sul-coreano retirou sua candidatura oficialmente através de comunicado:

– Por causa das sanções injustas do Comitê de Ética, não posso apresentar a minha candidatura em 26 de Outubro. Eu oficialmente desisto – informou.

Confira a situação de cada candidato*:

Ali Bin Al Hussein (Jordânia) – Documentação apresentada

Jerome Champagne (França) – Documentação apresentada

David Nakhid (Trinidad e Tobago) – Documentação apresentada

Salman Bin Ebrahim Al Khalifa (Bahrein) – Documentação apresentada

Musa Bility (Libéria) – Documentação apresentada

Gianni Infantino (Suíça) – Apoio unânime da Uefa

Michel Platini (França) – Suspenso pela Fifa

Zico (Brasil) – Desistiu

Ramon Vega (Suíça) – Em busca de apoio

David Ginola (França) – Em busca de apoio

Tokyo Sexwade (África do Sul) – Documentação apresentada

Chung Mong-Joon (Coreia do Sul) – Desistiu

* Informações da imprensa internacional

Notícia: GloboEsporte.com
Imagens: AP/ AP Photo/ Vincent Thian/ Victor R. Caivano/ EFE/ Ian