Inigualável, gênio, revolucionário, ‘paizão! Muitos são os adjetivos para tentar classificar Fernando Ferretti, o maior técnico de futsal da história, que nos deixou nesta quarta-feira (12), aos 69 anos, vítima de problemas renais.
Por onde passou, deixou seu legado de ensinamentos e conquistas, que não foram poucas. Especialmente quando se fala em Jaraguá Futsal.
A história do carioca do Rio de Janeiro com o Aurinegro começou em 2001. Com a saída de Maneca, que conduziu o projeto na década de 90 e no início do novo século, o clube primeiro procurou Marcos Moraes, o Marcão, para ser o substituto. Porém, o treinador recém-chegado ao Banespa (SP), optou por não encerrar o vínculo e indicou Ferretti ao cargo.
Vindo de trabalhos na Tigre, Perdigão, Votorantim, Banfort, Impacel, GM, e seleção da Guatemala, o comandante aceitou o desafio e dava início a maior ligação de um técnico com um clube do futsal nacional.
Por aqui, permaneceu até o fim da ‘Era Malwee’ em 2010, se tornando ídolo após empilhar título. Foram mais de 40 taças levantadas, entre elas, quatro Ligas Nacionais, seis Libertadores da América, seis Taças Brasil, quatro Superligas, sete Campeonatos Catarinenses.
Além disso, ficou marcado por revolucionar a modalidade com conceitos e ideias jamais vistas anteriormente, que o consagraram como o maior treinador de todos os tempos.
“O Ferretti sempre foi muito inteligente. Ele implementou a marcação quadrante, que até então ninguém fazia. Naquela época, por volta de 2003 no Jaraguá, eu acredito que ele começou a revolucionar o futsal e a nossa era vitoriosa do clube. Mas acima de tudo era um pai para todo mundo, que sabia dar bronca e abraçar na hora certa”, destacou Marcio Souza, ex-jogador e atual supervisor do Jaraguá Futsal.
Após deixar Jaraguá do Sul, continuou sua carreira vitoriosa por outros clubes, recheando sua galeria com mais uma Liga Nacional pelo Santos, seu primeiro Mundial pelo Sorocaba, e outros títulos importantes, somados ao período como comandante da seleção do Paraguai e equipes como Joinville e Corinthians.
Em 2018, retornou ao Aurinegro e ficou até meados de 2019, sem conseguir repetir o mesmo sucesso da década anterior, mas nada que apagasse sua idolatria. Desde então, não comandou mais nenhuma equipe e dividia a função de coordenador da seleção brasileira de futsal e auxiliar do técnico Marquinhos Xavier.