Willian Tavares Ação TV

Placar na Web, da Ação TV, de sexta-feira, 20: Juliam Nazaré, Rafael Octaviano, Everton Leite e Adolfo Pegoraro. Foto: Willian Tavares Ação TV

Técnico que conquistou o primeiro título estadual do futsal beltronense e dois acessos pelo Marreco, Rafael Octaviano diz que, neste fim de semana, comemora, pela primeira vez, os feitos na cidade. Técnico que substituiu Arno Ribeiro na Série Prata de 2008, ele foi campeão contra o Paraná Clube, mas pegou um ônibus para encontrar a família no Norte do Estado. No ano seguinte, quando o Marreco abriu mão da vaga na Série Ouro e permaneceu na mesma divisão, chegou na reta final e subiu o time num jogo em Guaraniaçu, de onde seguiu para Paranavaí.

Rafael aproveitou o feriado municipal de ontem, 20, em Paranavaí, onde é secretário de Esportes há sete anos, para vir ao Sudoeste. Entre uma visita e outra a amigos, foi entrevistado por Everton Leite, no “Placar na Web”, da Ação TV. “É muito longe [Paranavaí a Beltrão]. Então, vim simplesmente pra passear. A pandemia nos afastou de algumas atividades. Perdemos algumas pessoas, como o Cipó, nosso eterno presidente… É bom lembrar boas histórias que vivi aqui.”

Quando assumiu o Verde-Preto, Octaviano tinha 35 anos — mais novo que uma das “estrelas” do elenco de então, Camarão. Agora, tem 50. Em 15 anos, conservou amizades: Vande  Safira, Paulinho Benedito, Beto Guzzi, o ex-presidente do clube Márcio Krasuski, Ronaldo Germano, Ademilson Arandt (Misso), Clair Azzolini Filho, Arno Ribeiro, entre outros, que ele pretende reencontrar até amanhã, 22, quando volta para casa. Já sabe que não conseguirá ver Almir Hugo Lopes — o atual secretário de Esportes de Beltrão está em férias, viajando.

Francisco Beltrão foi onde Rafael Octaviano encontrou mais felicidade. É ele quem diz. “Desportivamente, foi aqui. Depois, voltei pro São Lucas, subi o Loanda da Bronze pra Prata, treinei o ACP [clube de futebol de Paranavaí], fui pra Seleção Paranaense de Futsal. Trabalhei em Cianorte e Maringá, locais próximos de onde moro e nunca fui pra lá rever amigos da época.”

O ex-comandante classifica o título de 2008 como a maior conquista do futsal beltronense, mas o acesso de 2009 como mais importante. “Beltrão perdeu uma semi pra Ponta Grossa na Prata de 2006, frustrou a torcida e dois anos depois vem o Marreco com um time bem formado, a diretoria profissional. Foi o primeiro paranaense da cidade.”

Ele acredita que, se Arno Ribeiro tivesse seguido no cargo, a equipe seria campeã da mesma forma. “Ele precisou sair por conta do trabalho no Detran e o clube necessitava de alguém por tempo integral; 2009 foi mais importante ainda, pois o Beltrão Futsal tava em decadência, tinha acabado. O Marreco também tinha ‘acabado’, mas o pessoal da cidade norte abraçou o time. Começou em Renascença, foi ganhando corpo e se não soube naquele ano acho que a cidade viveria uma lacuna no futsal”, diz.

Quando foi contratado, Octaviano abriu mão de um concurso público para assumir o Verde-Preto. No ano seguinte, topou voltar a dirigir o time sem saber quanto ganharia. Ainda teria que vencer quatro de cinco jogos. E conseguiu.

No ano seguinte, Paulinho Gambier assumiria a equipe e Rafael acredita que a decisão de não prosseguir no Marreco foi um acerto. “As pessoas ficaram com lembranças positivas”, avalia. Longe do futsal profissional há 12 anos — a passagem por Loanda, em 2016, ele classifica como amadora —, Rafael atua como professor universitário e investe na área acadêmica: é mestre em exercício físico na promoção de saúde e doutorado em desempenho esportivo. Deve concluir em junho o pós-doutorado em políticas públicas do esporte. Também cursa fisioterapia.