
A nova quadra está instalada no Ginásio Arrudão. As mais de mil peças de polipropileno, medindo 1m² cada, foram colocadas no piso nesta sexta-feira, 21. Uma manta de poliuretano serviu de base e as partes da quadra foram encaixadas sem uso de cola. Após este “quebra-cabeça” ser concluído, alguns pontos receberam parafusagem para fixação. Até o início da semana, será feita a pintura com as demarcações do futsal e voleibol.
De acordo com Genuir Merlos, o “Pelé”, Diretor de Esportes de Francisco Beltrão, a Prefeitura também está providenciado pintura na área interna do ginásio, bem como adquiriu novas traves e revisou os climatizadores. A previsão é que o Marreco mande o primeiro treino no Arrudão na quarta-feira, 26.
A obra
Ao longo dos últimos anos, a quadra do Arrudão, então de madeira, teve diferentes aspectos. No início da década de 2010, era amadeirada, depois ganhou cores azul claro — o que gerava críticas nas transmissões de TV, por conta dos reflexos no vídeo — e, por fim, azul marinho. Mas o dilema envolvendo o principal palco esportivo de Beltrão tem a ver com a necessidade de substituição do piso, feito ainda nos anos 1980, para a inauguração da praça esportiva.
Pressionada pela ameaça do Arrudão não ser mais autorizado para competições oficiais — alguns pontos do piso de madeira estufaram, gerando desníveis — a Prefeitura deu início à troca no início de janeiro.
Na realidade, no primeiro semestre de 2024, a então administração de Francisco Beltrão anunciou a vinda de uma verba de R$ 700 mil para a colocação de um novo piso de madeira — material considerado de qualidade superior para a prática do futsal — e a elevação do solo em 40 centímetros — para solucionar problemas de pontos-cego na arquibancada.
A reforma tinha previsão de início para após o fim das atividades do Marreco em 2024 — o que ocorreu em dezembro. Mas a obra só começou depois da virada do ano, com a nova administração, que inicialmente anunciou seguir o projeto inicial. Porém, alegando que os tais R$ 700 mil não estavam mais disponíveis, a Prefeitura revisou os planos e, também como medida de economia, optou pelo piso de polipropileno — de valor total de R$ 201 mil. Além da quadra de madeira, a elevação de 40 centímetros do piso não ocorreu.
O polipropileno é o material escolhido, também, em ginásio como Deonisto Debona (Chopinzinho), Dolivar Lavarda (Pato Branco) e Arena São Lourenço (São Lourenço d’Oeste-SC).