Quando entrar em quadra neste domingo (13) para enfrentar o Leoas da Serra, pela Liga Feminina, a pivô Natalinha, do Taboão Magnus, contará com uma torcida especial nas arquibancadas do ginásio Zé do Feijão: a do seu pai, Sérgio. Mas esse apoio não será algo especial por conta do Dia dos Pais. Na verdade, estar na quadra torcendo pela filha é a comemoração preferida dele. Em qualquer data, onde quer que seja.
Sérgio não perde um jogo de Natalinha. Se existe qualquer possibilidade de acompanhar a partida da filha in loco, ele estará lá. E faz isso desde o início da carreira da pivô, hoje com 28 anos.
“Meu pai sempre esteve muito presente em minha carreira, desde o início. Ele me levava aos treinos todos os dias, e isso foi muito importante para chegar onde cheguei. Sou muito grata a ele, minha mãe e meus irmãos, que sempre acreditaram muito em mim”, contou ela. O pai coruja fala com orgulho dos feitos da filha, hoje uma das principais jogadoras do Brasil, inclusive sendo chamada com frequência para a seleção.
“Eu nunca perdi um jogo sequer da Natalinha. Ver minha filha crescer como atleta e como mulher tem sido uma das maiores alegrias da minha vida. Ela enfrentou desafios, mas nunca desistiu, e eu sempre soube que precisava estar lá para aplaudir nas vitórias e dar forças nas derrotas”, falou ele.
Sacrifício pela seleção brasileira
Sérgio faz questão de estar presente em todos os jogos da filha que consegue. Não seria a distância que o impediria de ver Natalinha representando a seleção brasileira. Em maio, ele saiu de Osasco, onde mora, e viajou cerca de 830km de carro até Xanxerê, em Santa Catarina, para acompanhar o Torneio Internacional de Futsal Feminino. A aventura valeu a pena, já que o Brasil foi campeão e Natalinha teve ótima participação.
“É sempre muito especial ter meu pai nos meus jogos. Sempre foi muito importante o apoio que ele me dá, desde criança. Tenho certeza que se ele não tivesse esse prazer de me acompanhar, eu não estaria no futsal hoje”, disse ela.
Jeitinho na pandemia
Nem mesmo a pandemia do coronavírus foi capaz de afastar Sérgio dos jogos da filha. Com a presença da torcida proibida nos ginásios, ele deu um jeito – seguro – de seguir acompanhando bem de perto. A solução encontrada foi uma pequena janela que existe no portão do ginásio Zé do Feijão, em Taboão da Serra. Era por ali, do lado de fora, mas com visão da quadra, que ele conseguia manter o apoio incondicional e presencial à filha.
Neste domingo, Sérgio não precisará fazer esse esforço e estará torcendo nas arquibancadas. Natalinha espera retribuir mais uma vez de um jeito especial.
“Domingo será um dia muito especial. É Dia dos Pais, com a presença dele na arquibancada, como em todos os jogos. Espero ir bem, sair com a vitória e, claro, se Deus permitir, marcar um gol especial para ele”, completou.