O futsal é um esporte genuinamente brasileiro, no qual somos heptacampeões do mundo. Mas este ano sofremos um duro golpe com a amarelinha. Eliminação nas oitavas de final diante do Irã na Copa do Mundo, naquela que foi a última Copa do Mundo de toda uma geração marcada, principalmente, pelo craque Falcão, o maior artilheiro das Copas.
Depois de empatar no tempo normal e na prorrogação, o sonho de mais um título mundial acabou na cobrança de Ari, que ficou na trave. É preciso, porém, avaliar o contexto do esporte em todo o planeta. Como a modalidade cresce e ganha adeptos em grande velocidade, já está virando referência em outros países também, que já adotam o futsal em escolinhas e nas horas de lazer. Como faz o próprio Irã, ou a Argentina, que além de ter ganho a primeira Copa do Mundo, acabou o ano batendo o time sub-20 do Brasil no Sul-americano da categoria agora, em dezembro.
Mas se o clima ficou nebuloso nesta temporada, o horizonte parece mais limpo para o futuro. Na LNF, onde surgem e tomam forma os maiores craques do futsal brasileiro, pudemos assistir a um Corinthians campeão recheado de promessas: Careca, Marcel, Leandro Lino, Rocha, Arthur, entre outros. Também no banco de reservas surgiu uma boa surpresa, André Bié, que, assim como seus comandados, fez seu primeiro ano comandando adultos e provou seu valor ao ser campeão da LNF2016.
Quem melhor do que o jovem treinador, então, para começar a renovação no escrete canarinho? Por isso a CBFS convidou Bié para comandar os últimos amistosos do ano. A mescla de juventude e experiência, tal qual experimentou em Parque São Jorge, deu muito certo e o Brasil venceu todos os confrontos após a Copa do Mundo. Para os próximos anos, esperamos ver estes novos valores crescerem e que possam, junto aos já tantos atletas brasileiros de qualidade, formar uma seleção forte para continuar brigando por conquistas.