Um ciclo encerrado com título e despedida do jogador símbolo. Assim o Intelli Tempersul fecha a temporada 2020. O tão desejado caneco da Liga Paulista de Futsal (LPF) chegou no começo da madrugada deste sábado (12), e Tatinho está indo embora.
A taça da LPF é a principal conquista do time nos cinco anos do projeto. Antes disso, o máximo que a equipe chegou foi na medalha de ouro dos Jogos Abertos do Interior de 2016 e no vice-campeonato da Copa Paulista de 2017.
Tatinho esteve presente em todos esses momentos. O ala de chute forte acreditou no projeto lá no início, superou lesão grave entre 2019 e 2020 e chamou a atenção de outros times. Não divulgou ainda o destino, mas não jogará na cidade natal em 2021. Adeus que veio da melhor forma possível.
– É um sonho que se realiza. Estou na equipe desde a fundação e passei por toda a sua evolução, desde a Série Prata do Paulista até a Liga Nacional e agora o título da Liga Paulista. Eu sou dracenense de nascimento e poder levar a minha cidade ao lugar mais alto do estado é um prazer absurdo.
Se Tatinho está desde o começo, Rhuan chegou durante essa temporada. Viu a equipe ser eliminada na primeira fase no primeiro ano do Intelli na Liga Nacional e não desanimou. A persistência resultou em alegria. E em uma sucessão de acontecimentos para que ele estivesse no lugar certo, na hora certa.

Rhuan fez a defesa do título. Foto: João Paulo Benini
Ronaldo é o goleiro do time “especialista” em cobranças de tiro livre e pênalti. Foi expulso na semifinal e desfalcou a equipe em Araraquara. Durante a disputa das penalidades no Ginásio Gigantão, Rhuan revezou com Pedrinho. O titular levou o cartão vermelho após bate-boca que envolveu atletas dos dois lados, em meio às cobranças. Coube então a Rhuan e sua barriga entrarem em ação.
– Para ser bem sincero, nem nos melhores sonhos imaginei essas coisas. Foi um ano bem atípico, em relação a todos e a mim também. Infelizmente fomos eliminados da Liga Nacional. Mas a gente trabalhou muito. Nunca foi característica minha pegar pênalti, tiro livre, mas tudo é trabalhado, treinado. Nessa semana de preparação, treinamos bastante. Estou feliz em poder ajudar, e é preciso ressaltar o trabalho do departamento de goleiros, do preparador Kynha, do Pedrinho, Ronaldo, que me deram muitos toques.
Veja mais da repercussão entre os atletas
Felipe Reis
– Foi uma luta, como foi o ano para todo mundo. Está sendo um momento difícil, de pandemia. Trabalhamos bastante para isso. Sabíamos que não podíamos errar na final, a gente tinha que arrastar o jogo, controlar, saber a hora de atacar, marcar. Começamos atrás, mas buscamos, não desanimamos. Treinamos bastante para os pênaltis. Os goleiros tomaram muita bolada na cara. Surtiu efeito.
– Sabor de dever cumprido. A gente treina bastante para isso, para chegar nos momentos finais e sair com a conquista. Para o currículo de todos é maravilhoso. Colocamos nossos nomes na história da Liga Paulista.
Vitinho
– Estou muito feliz. Foi um jogo truncado. Graças a Deus deu tudo certo e estamos levando o título para Dracena. O sentimento é de dever cumprido. Venho nessa luta com o time desde 2017. Esse ano saiu a conquista, e a gente pôde dar alegria a todos.
Paulo Victor
– Ser campeão é bom demais. Estou em Dracena há cinco anos e sei do esforço diário que é feito para que essa equipe possa disputar as competições. Quero desejar esse título às nossas famílias e à torcida.
Dario
– Esse grupo mostrou seu valor. Esse ano de pandemia nos impôs grandes desafios. Tivemos que passar por cima de tudo para escrever nossos nomes na história de Dracena.
Bruno Silva
– O ano de 2020 foi atípico, mais difícil que o usual, então essa conquista tem um sabor ainda mais especial. Quero agradecer aos atletas, comissão técnica, patrocinadores, diretoria e torcida por esse momento.