Esta semana foram conhecidos os jogadores que irão representar o Brasil no Mundial da Lituânia. O técnico Marquinhos Xavier convocou os 16 atletas que buscarão o sexto título da competição. A pandemia adiou por um ano o torneio, que seria disputado em 2020, e, como em qualquer setor, respingou na preparação.

A Copa do Mundo de Futsal será disputada entre os dias 12 de setembro e 3 de outubro. O Brasil está no grupo D, ao lado de República Tcheca, Panamá e Vietnã. Em bate papo exclusivo, o comandante da Seleção Brasileira falou da dificuldade em escolher os nomes, dada a fartura de atletas em condições, de como será a programação a partir de agora e por fim, sobre os obstáculos do Brasil na busca por mais um título.

Ulisses Castro

Marquinhos Xavier comandando treino da Seleção Brasileira. Foto: Ulisses Castro

Imagino o quebra cabeça para a definição dos convocados. É muita qualidade, porque tem brasileiro em todos os cantos jogando muito, correto?

Sim, e essa qualidade é notada quando uma convocação gera polêmicas em relação aos que não estão e poderiam estar. Isso é natural. Na realidade, quando um treinador convoca e pelo menos 70% estaria em todas as listas é um ótimo sinal. Para quem não está dentro do processo de convocação é muito difícil entender os critérios, mas existem várias pessoas que auxiliam em dados e informações. Eu penso que muitos jogadores foram prejudicados pela falta de convocações. Desde janeiro de 2020 não tivemos a oportunidade de nos reunir e isso obviamente impacta nas escolhas, não é uma responsabilidade do treinador apenas, pois essas ausências fizeram parte de todo o nosso ciclo. Queria ter visto e convivido mais com muitos outros jogadores brasileiros, lamento muito por isso e desejo que todos compreendam e continuem suas caminhadas com sucesso.

Como será a preparação do Brasil para o Mundial?

Dividimos a preparação em três ciclos. O primeiro acontecerá do dia 9 ao dia 25 no Rio de Janeiro e prevê uma extensa jornada de treinamentos. O objetivo é acelerar alguns processos e recuperar parte do tempo perdido. O segundo ciclo será o de adaptação e acontecerá na Polônia, do dia 28 ao dia 8, e será o ciclo de treinos e amistosos. Faremos quatro jogos, dois com a Seleção Polonesa e dois com a Seleção da Sérvia. O terceiro é o ciclo final, onde já estaremos na Lituânia, do dia 9 ao dia 13, data de nossa estreia contra a Seleção do Vietnã.

Qual à sua expectativa sobre o desempenho da Seleção e que rivais apontam como os mais complicados na competição?

No comando de uma Seleção Brasileira as expectativas sempre são as melhores, mas precisamos transformar isso em realidade. Estamos conscientes do nosso desafio, das responsabilidades e das condições que possuímos, então nos resta trabalhar e muito para alcançar nossos objetivos. No nosso caminho teremos importantes rivais, os já tradicionais, que configuram entre as principais forças do futsal mundial, e ficaria difícil apontar especificamente quem será o mais complicado. Acredito que devemos controlar aqui que podemos, nossos treinos, nossa equipe e nossa mente. O restante não temos controle, então quem formos enfrentar nos exigirá muita concentração e competência.

Ulisses Castro

O melhor jogador da última LNF estará no Mundial. Foto: Ulisses Castro

Lista de convocados

Goleiros:

Guitta – Sporting (POR)

Djony – Magnus

Wllian – Joinville

Fixos

Rodrigo – Magnus

Marlon – Palma (ESP)

Lé – Corinthians

Alas

Arthur – Benfica (POR)

Leonardo – Magnus

Dyego – Barcelona (ESP)

Leandro Lino – Sorocaba

Bruno – Ukhta (RUS)

Gadeia – Elpozo (ESP)

Pivôs

Ferrão – Barcelona (ESP)

Pito – Barcelona (ESP)

Rocha – ACBF

Dieguinho – Joinville