Justiça dos EUA divulga documento com detalhes do acordo feito pelo ex-presidente da CBF para poder aguardar seu julgamento em prisão domiciliar em Nova York
Apartamento onde Marin está em prisão domiciliar em NY (Foto: GloboEsporte.com/Martin Fernandez)
Para eventualmente completar o valor de US$ 15 milhões, Marin e a mulher ofereceram imóveis no Brasil. Essas propriedades só serão confiscadas caso o ex-presidente da CBF não cumpra o acordo – tente fugir, por exemplo.
Marin também teve entregar seu passaporte para o FBI, a polícia federal americana. O ex-cartola é acusado de receber e repartir propinas num esquema de corrupção que envolveu uma série de outros dirigentes e executivos de empresas de marketing esportivo na América Latina. O processo corre nos EUA porque Marin e os demais usaram empresas e bancos americanos para movimentar dinheiro.
O acordo confirmou o que o GloboEsporte.com já havia publicado nesta quinta-feira: José Maria Marin está sendo vigiado durante 24 por dia de dentro do próprio apartamento por um agente de uma empresa de segurança. Além disso, câmeras foram instaladas na porta de seu apartamento e em todas as portarias do prédio onde está preso. E ele está pagando por tudo isso.
O ex-presidente da CBF também está proibido de manter contato com qualquer dirigente da Fifa, da Conmebol, da Concacaf e da própria CBF. Não pode, por exemplo, falar com Marco Polo Del Nero – homem que ele ajudou a suceder na presidência da Confederação. Marin ocupava o cargo de vice-presidente da CBF quando foi preso. Del Nero, o atual presidente, elegeu-se por uma chapa chamada “Continuidade Administrativa”.
Confira abaixo a íntegra do documento sobre o acordo de Marin com os EUA (em inglês):