A camisa 27 do Taboão/Magnus virou sinônimo de saudade. Era a usada pela atleta Pietra, que morreu no ano passado. Mas neste ano, o número também se tornou homenagem. E ela veio da ala Luana Moura, uma das principais jogadoras do mundo, que passou a vestir a 27 em quadra para honrar a memória da amiga.
Neste sábado (18), Luana e todo o elenco do Taboão jogam a segunda partida da final da LFF, às 19h (de Brasília), contra o Stein Cascavel, com transmissão ao vivo do UOL. Pela taça, pela torcida, mas principalmente por Pietra.
“Sabemos que a Pietra jamais será esquecida. Ela está com a gente em todos os momentos. Ela sempre esteve, era a mais nova e sempre estava ali com aquele sorriso lindo. Ninguém vai esquecer todo o legado que ela nos deixou. Hoje, tudo que a gente faz aqui, a gente faz por ela e pela família dela. Lá de cima ela está nos abençoando a nos iluminando”, disse Luana.
Destaque do Taboão, Luana tem a camisa 12 até como marca pessoal, inclusive nas redes sociais. Mas fez a mudança neste ano para a 27 como forma de homenagem.
“Eu quis usar o número pra fazer essa homenagem de alguma forma. Ela deixou um legado muito grande pra nós e pra nossa cidade. Tudo que ela fez pelo futsal, ela merecia muitas homenagens. Pedi permissão pra família dela pra usar o número 27 esse ano. Tive a Pietra como minha companheira, minha amiga”, contou.
Pietra morreu aos 20 anos, em agosto do ano passado, após ficar mais de 10 dias internada com diagnóstico de hepatite autoimune. Ela havia realizado um transplante de fígado.
Sonho do título
O Taboão/Magnus perdeu o jogo de ida por 4 a 2. Agora, conta com o apoio dos torcedores para reverter a vantagem do Stein Cascavel e conquistar o título em casa.
“Sempre falamos que nossos torcedores são o sexto jogador. Eles estão sempre com a gente. Sabemos da importância que é eles estarem o tempo todo com a gente. Precisamos levar o jogo para a prorrogação, então é passo a passo, sempre juntos. Todo mundo vibrando pra conseguirmos vencer no tempo normal e na prorrogação. É uma conexão linda de se ver com o torcedor. Que juntos possamos conseguir esse título”, pediu a jogadora.
Em caso de vitória do Taboão, a partida vai para a prorrogação. Se o empate persistir, a decisão será na disputa de pênaltis.
“Podem esperar que vamos dar nosso melhor até o fim. Vamos entrar concentradas e focadas para dar nosso melhor e buscar essa vitória para eles e para todos que torcem por nós. Nosso sexto jogador vai estar com a gente, jogando junto até o fim”, falou.
Briga pela artilharia
A final deste sábado, além do título, também vale o prêmio de artilheira da competição. E Luana está na disputa pelo topo.
A liderança da lista está com Jaque Nunes, do Stein, que tem 15 gols. Na sequência, Luana e Pao Britez, ambas do Taboão, com 13, também estão na briga.
“Estou muito feliz de estar ajudando o time. É consequência de muita dedicação minha, da Pao, que está concorrendo comigo. Se estamos fazendo gol, estamos ajudando o time. Isso é o mais importante. Nosso pensamento é e sempre foi buscar o título para Taboão. Sabemos o quanto nos dedicamos diariamente por isso”, completou.
No ano passado, Taboão e Stein Cascavel também fizeram a final da LFF. As paranaenses ficaram com o título, com um gol salvador nos segundos finais da prorrogação.