
Técnico de Portugal garante foco do time. Foto: FPF
A Seleção Nacional de Portugal cumpre esta terça-feira, em Rio Maior, mais dois treinos tendo em vista a sua preparação para o Mundial da Lituânia 2021, que se disputa entre 12 de setembro e 3 de outubro.
Esta é a segunda semana de trabalhos do conjunto luso em Rio Maior e para quarta-feira, pelas 19h00, está agendado o primeiro de sete encontros de preparação da formação lusa antes do Mundial.
O fpf.pt falou com o Treinador Nacional, José Luís Mendes, e tentou perceber o que é que a Seleção Nacional pode mostrar neste primeiro teste de preparação e o que tem de fazer para prosseguir da melhor forma com esta fase de preparação. O técnico explicou que o importante é a equipa estar bem quando o Mundial arrancar.
“O jogo faz parte deste processo de preparação. O principal objetivo é nós estarmos bem quando for o início do Campeonato do Mundo. Este é um jogo que faz parte desse processo de preparação. Vai ser um jogo que, temos a certeza, vai ser de um grau de dificuldade elevadíssimo – com uma excelente Seleção, quer do ponto de vista coletivo, quer individual. Vai ser um momento de elevada exigência ao nível da preparação. Estamos numa fase ainda algo inicial, após uma semana e meia de treinos, e vamos procurar por já em prática algumas das coisas que treinámos, com um objetivo claro: disputarmos o jogo e queremos ganhar, pois isso faz sempre parte do nosso ADN. Sobretudo, queremos recolher alguns indicadores para nos ajudarem em futuras programações para as semanas que ainda nos faltam de preparação.”
A formação nipónica está numa fase mais avançada da preparação e José Luís Mendes realça que o mais importante será recolher indicadores para definir o que será importante refinar até ao Mundial.
“Antes de nós começarmos os processos de treino em Rio Maior, os jogadores tiveram o cuidado de se preparar – quer com os programas individuais de trabalho que nós enviámos, quer por iniciativa própria. Mas é óbvio que nós vamos recolher bastantes indicadores que serão extremamente importantes para nós definirmos o que ainda temos de trabalhar no futuro.”
O técnico fala de um teste de exigência “elevadíssimo” diante do Japão, mas realça que o foco deve estar apenas na preparação da equipa lusa.
“É uma equipa que do ponto de vista coletivo bem preparada e com algumas individualidades bastantes boas também. Mas, neste momento, o que para nós é mais importante é o foco nossa preparação e no nosso processo. Não estamos muito preocupados com aquilo que o Japão joga ou que vai jogar. Sabemos que vai ser um excelente teste, de um grau de exigência elevadíssimo, mas o nosso foco é a nossa preparação, o nosso processo e aquilo que queremos melhorar para, como já referi, chegarmos a setembro num excelente momento de forma desportiva.”
Pauleta: “Agora é desfrutar do momento.”
A preparar-se para participar pela primeira vez numa fase final ao nível de Seleções, Pauleta explicou ao fpf.pt que estes primeiros dias de trabalhos estão a ser positivos.
“Uma semana e dois de treinos estão a ser positivos e agora estamo-nos a focar nos jogos que vêm aí – com o Japão e a Venezuela -, que vão ser dois bons testes para vermos o trabalho que está a ser desenvolvido.”
Encara o cansaço como algo normal nesta fase da época.
“O cansaço é normal, porque estamos na pré-época. No início tem de ser duro, para alcançarmos os objetivos que temos pela frente.”
O ala de 27 anos diz que não se via a ser chamado para a Seleção há meia dúzia de anos, mas agora garante que está neste patamar graças ao trabalho desenvolvido.
“Não me via a este nível, mas agora estou. Agora é desfrutar do momento.” No dia da convocatória, revela que estava ansioso.
“O Erick ligou-me a dizer que estávamos convocados. O meu irmão também me ligou. Fique muito contente, porque [este grupo] é excecional. É um grupo fantástico. Temos uma boa disposição enorme – para treinar, fora de campo,… Par mim é um orgulho imenso estar aqui com eles.”
Pauleta é uma pessoa bem disposta e é um dos animadores do grupo. Por vezes, as brincadeiras também caiem sobre si e nessa altura demonstra um grande fair-play.
“Levo sempre tudo na boa. [Nos jogos que fazemos], para além de ganhar, o mais importante é a felicidade com que a gente faz as coisas. Porque quando estamos felizes, as coisas saem naturalmente.”