Por oito dias, o goleiro Jaime realizou o sonho de viver fazer parte da Seleção Brasileira. Convocado para o Sul-Americano Sub-18 do Paraguai, ele chegou ao Rio de Janeiro no dia 11. A concentração na Granja Comary, em Teresópolis, durou quatro dias, até o embarque para Assunção.

“Não senti nervosismo nesse período de preparação. O grupo era legal de se trabalhar, os treinos bem táticos e intensos, mas de aprendizado para mim. A rotina era acordar cedo, treinar de manhã e de tarde, depois havia uma reunião e descansávamos. Tinha tempo pra descontração, em salas de vídeo-game e baralho”, conta.

Dos colegas de Seleção, o único conhecido até então do jogador da ABF era Ryan, atualmente do Joinville, ex-Campo Mourão. “Com quem mais me enturmei foi o Hélio, goleiro do Corinthians, por ser meu colega de quarto.”

Entre 14 convocados, Jaime era o único oriundo de uma equipe “fora do eixo”, tendo em conta que a ABF não disputa a Liga Nacional ou um estadual de primeira divisão. Por outro lado, ele só ele tem experiência em time adulto. “Saí com a sensação de que posso voltar. Espero trabalhar o suficiente pra ser convocado novamente”, diz.

Sobre o futuro, o garoto garante: ficará em Francisco Beltrão ao menos até o fim de 2023, quando termina o contrato com a ABF. Ele tem noção de que a passagem pela Seleção Brasileira irá gerar propostas de outros clubes. “Não sei como vão proceder as coisas no próximo ano, mas por enquanto quero o acesso na Série Bronze pra melhorar as coisas pra mim e pros meus companheiros.”