Até onde vai essa paixão? A pergunta foi do técnico da ADC Intelli, Cidão, ao ser surpreendidocom um presente feito pelas mãos de um índio da tribo Pataxó, que se declarou torcedor da ADC Intelli, mesmo sem nunca ter pisado em Orlândia, terra da equipe paulista.
Em sua maioria os índios Pataxó vivem em 31 aldeias no sul da Bahia, na Costa do descobrimento e atualmente formam uma população de aproximadamente 10.000 pessoas distribuídas por vários municípios, entre eles o de Porto Seguro, justamente de onde veio uma das maiores alegrias da vida profissional do técnico.
Pela extrema diferença de culturas ou por se tratar de uma equipe do interior de São Paulo, o comandante da Intelli não esperava que a paixão por sua equipe atingiria patamares tão elevados e ficou emocionado com a descoberta.
– Meu cunhado, cunhada e filhos estiveram de férias em Porto Seguro e conheceram um indígena da tribo Pataxó, quando ele soube que eram de Orlândia ficou muito alegre, disse que assistia nossos jogos e que torcia muito para a Intelli – Explicou o técnico emocionado.
Mas além da torcida pela bicampeã brasileira, o integrante da tribo Pataxó nutri um sentimento especial pelo treinador orlandino e no bate papo com os familiares de Cidão isso ficou nítido.
– Quando ficou sabendo que eram meus parentes, vibrou como se fosse um gol e no dia seguinte ele apareceu com essas lembranças, sempre vejo reações de todas as formas, mas essa me surpreendeu ainda mais, vou guardar com carinho essa lembrança e claro que vou retribuir – Revelou Cidão.
Caipira do interior paulista como o próprio Cidão gosta de dizer, onde nasceu e de onde extraiu suas raízes e faz questão de lembrar sempre que pode, “onde morou na fazenda e andou com os pés descalços”, ídolo no Japão, para onde viaja todos os anos, sem intervalo, desde 2007 para dividir um pouco de seu conhecimento no futsal e um verdadeiro cosmopolita, com passagens por diversos lugares do mundo, Cidão foi encontrar nos primeiros habitantes do Brasil, um belo e nobre motivo para se perguntar, até onde vai essa paixão?
– Realmente nossa responsabilidade é muito grande, somos referência para muita gente, somos motivo de alegria para muita gente e podemos ser de tristeza também, enfim, a responsabilidade é enorme e cada dia mais, a cada surpresa como essa me sinto menos dono de minhas ações – Finalizou.
Notícia e imagem: Carlos Silva/ADC Intelli