Motivado pela vontade de ir além, o ídolo do futsal, Rodrigo Capita, teve a ideia de trazer alegria e mudar a vida de crianças portadoras de deficiência. O craque do Sorocaba ofereceu a elas experiências inesquecíveis em jogos da Liga Nacional de Futsal.

Ídolo do futsal levanta a bandeira da inclusão em Sorocaba.

Um ginásio que, muitas vezes, pode ser considerado um ambiente hostil e barulhento para crianças com autismo, transformou-se em um local sinônimo de alegria e de acolhimento com a iniciativa do jogador.

A ideia do fixo surgiu quando ele se deu conta que as ações de inclusão feita por atletas poderiam fazer muita diferença. Ele começou com o convite para as famílias levarem os filhos ao ginásio e, quando percebeu, estava fazendo a vida de vários pequenos mais feliz.

– No começo deste ano bateu no coração a inclusão. E aí comecei a falar que era para os pais trazerem meninos com Autismo, Síndrome de Down, Cadeirantes, para o ginásio. O mundo que estamos vivendo hoje, tem muita gente que ninguém olha para ninguém, está muito egoísta o negócio – comentou o jogador em entrevista ao Esporte Espetacular.

O acolhimento à essas crianças envolveu a entrada em quadra com elas, a assinatura nas camisas e até camisa personalizada por Capita, que jogou com o nome de um dos pequenos às costas.

Dudu e Cristiane, sua mãe, são um exemplo. O jovem de 16 anos conheceu o Capita em abril e ali nasceu o amor pelo ídolo. Atento, ele assiste os jogos do Sorocaba ao lado da mãe, que escreveu uma carta em agradecimento para o fixo.

Nela, Cristiane Soriano ressalta a importância do encontro entre o jogador e Dudu: “Obrigada por ter um olhar tão especial para o meu filho Eduardo, com certeza esse dia irá ficar marcado na vida do Eduardo. Pessoas como você são joias raras, com carinho, Cristiane”, disse ela.

– Temos que perder o medo do que as pessoas vão falar e ter coragem para incluir essas crianças – comentou a mãe.

Paulo Lunardelli, pai do Gabriel, disse que o filho se sente importante de poder participar de um momento como esse. O menino, que tem o sonho de andar sozinho, entrou junto com Capita em um jogo.

– Temos que buscar ambientes assim, por isso que trazê-los aqui é importante. Ele fica alegre, incluso e participativo de tudo. O sonho do Gabriel não é andar, é ser feliz. Andar é a consequência – contou Paulo.