Reforço da Inter de Milão para a nova temporada europeia, o lateral-esquerdo Carlos Augusto tem a história ligada ao Corinthians, onde iniciou a carreira profissional, mas deu os primeiros passos com um apelido em “homenagem” a um ídolo rival.
Até os 13 anos, ele era conhecido por Lugano no Pulo Futsal, de Campinas, e depois trilhou um caminho conhecido para muitos jogadores: da quadra para os gramados.
O começo da trajetória de Carlos Augusto teve um empurrão do pai de outra revelação da base corintiana. Niko Oya, pai de Fabrício Oya, atualmente no Caxias-RS, foi o responsável por formar o elenco sub-9 do Pulo Futsal para dar uma chance a Carlos Augusto.
– O Niko chegou ao clube e falou: ‘precisava jogar futsal. Vamos montar um time sub-9’. O Niko, pai do Fabrício Oya, foi o treinador e trouxe o Carlos Augusto, então Lugano. Em Campinas, pra nós, ele sempre foi só Lugano. É a semelhança, assim, loiro e forte – relembra o idealizador do projeto do Pulo Futsal, Jefferson Novaes, o Jeffão.
O campineiro, atualmente com 24 anos, percorreu um grande caminho até se firmar no elenco principal do Corinthians, mas quem o viu jogando na cidade natal já imaginava o sucesso no futuro da carreira.
– O Carlos Augusto era um jogador muito diferente, era um jogador muito forte, de muito arranque, atleta de uma raça descomunal. Você via que era diferente, que iria vencer. Ele jogou aqui dos nove aos 13 anos. Foi quando ele disputou o último Campeonato Paulista pelo Pulo. Chegou em terceiro lugar sub-13. Ele já era monitorado e já treinava, às vezes, no Corinthians. Depois ele só ficou no campo – conta Jeffão.
– O Carlos Augusto era um jogador muito diferente, era um jogador muito forte, de muito arranque, atleta de uma raça descomunal. Você via que era diferente, que iria vencer. Ele jogou aqui dos nove aos 13 anos. Foi quando ele disputou o último Campeonato Paulista pelo Pulo. Chegou em terceiro lugar sub-13. Ele já era monitorado e já treinava, às vezes, no Corinthians. Depois ele só ficou no campo – conta Jeffão.
Campeão do Sul-Americano Sub-20 com a Seleção em 2023, Biro começou no futsal e chegou ao Pulo por intermédio pelo ex-atacante Amoroso, revelado pelo Guarani e também com passagens por Corinthians e seleção brasileira.
– O Amoroso foi num local em Sumaré, e o Guilherme Biro estava jogando um society. Chamou a atenção, e ele falou: ‘põe esse menino no seu futsal’. Indicou e o pai me chamou, pediu uma oportunidade. Aí já vimos, com oito anos, que era um menino extremamente diferente – revela Jeffão.
A virada de chave na carreira do garoto veio em um jogo de futsal de base entre Pulo e Corinthians, quando foi descoberto pelo Timão. Mesmo com uma derrota naquela oportunidade, Biro foi um dos melhores em quadra, nas palavras de seu antigo treinador.
– Participou de uma semifinal contra o Corinthians e foi um dos melhores. Nós perdemos na prorrogação. E aí desencadeou também. Sempre foi um jogador de muita personalidade, jogador de muita qualidade, muito inteligente, muito raçudo. Um jogador que não tinha medo de nenhuma situação e deu nisso aí.
Com o mesmo início de carreira, Biro e Carlos Augusto são duas das principais revelações do “terrão” corintiano nos últimos anos. Enquanto o lateral disputa a posição no início de temporada da Inter, o meia de 19 anos se prepara para disputar as semifinais da Sul-Americana nos dias 26 de setembro e 3 de outubro – contra o Fortaleza.