À beira mar, um clube nomeado segundo a cidade entrou para história do mundo como o local por onde passam os melhores. As realezas do futebol masculino, futebol feminino e futsal, fora as gerações de meninos, que viram homens com o passado dos gigantes às suas costas, vestiram o manto santista. No Santos Futebol Clube, Pelé nasceu e cresceu para o futebol, bem como tantos outros craques. A rainha Marta também teve passagem pelo time, justamente na época em que a estrela do campo era Neymar e no futsal, Falcão.
O ano era 2011. Ano no qual o Santos foi campeão paulista e continental, ao vencer o Peñarol no dia 22 de junho. Pois exatos cinco meses depois, o técnico Muricy e o atacante Neymar e os meias PH Ganso e Elano estavam do lado de fora da decisão nacional, palestrando para os jogadores do futsal. Eles eram espectadores do jogo contra a ACBF de Carlos Barbosa. Outra figura fora de quadra era Falcão. O camisa 12, destaque do alvinegro praiano e artilheiro da Liga com 32 gols, estava suspenso (por expulsão no primeiro jogo) e não participou do último jogo da final.
Muitos dos jogadores que vestiam preto e branco naquela data trajaram no ano anterior o amarelo da Malwee, de Jaraguá, a última vencedora da competição em cima do time laranja. Então, repetia-se o duelo entre, por parte da ACBF, Lavoisier, Márcio, Sinoê e Rodrigo, contra Falcão, Valdin, Bruno Souza, Neto e Índio, além de Ferretti.
Ao passo que a ACBF buscava seu quinto título da maior competição do salonismo nacional e se tornar líder isolado em conquistas, o Santos estava em sua primeira Liga e tão logo na finalíssima. Outra figura decisiva, inclusive com gol marcado na final, também estava em sua primeira Liga Nacional, tratava-se de Deives. Ele, que envergou a badalada número dez santista, fazia parte dos jogadores que chegaram como jovens promessas, tal qual Jackson e Pixote.
Começando com o pé direito – Entrevista com Deives
Conversando com Deives, enquanto ele rumava para o treino em seu atual time, Corinthians, relembramos um pouco da formação deste time. Questionado sobre o primeiro contato do Santos, ele cita que o interlocutor “foi o Falcão”, “que ajudou muito na montagem da equipe”. Na “concentração de um Desafio Internacional pela Seleção Brasileira, ele chegou e me falou do projeto, que eu logo gostei e fiquei empolgado em defender o Santos”. E assim, Deives deixou o Tubarão Unisul e transferiu-se para o peixe, que, segundo ele, “tinha um grupo enxuto, com 12 jogadores, mas que deu ‘liga’ desde o início”, “não teve necessidade daquela chacoalhada”.
Muito em função, afirma o jogador, “do trabalho do diretor Cecil Ribeiro, que era ‘tipo’ um pai para o grupo”. Além do auxílio dentro e fora de quadra do diretor, Deives exalta o conhecimento esportivo do supervisor, Alexandre Barata, e credita parte do mérito pelo potencial formador do clube a este sujeito, em suas palavras, “grande profissional e muito trabalhador”. Além disso, Deives crê que o Santos forma tantos craques do futebol brasileiro, porque tem a filosofia de “acreditar e investir no futsal”.
Foi realmente um ano iluminado para Deives, campeão e artilheiro do Paulista, na final da Liga Nacional ele marcou o gol do desempate, que colocou o Santos na frente e levou o jogo para a prorrogação e depois os pênaltis, quando também colocou sua cobrança na rede. Na última batida, Paulo Victor pegou e levou a Arena Santos à loucura. Era o primeiro título do estado de São Paulo, do Santos e do atleta. “Depois daquele título, tomei gosto e sempre quero buscar o próximo (em 2012 ele conquistaria o bi pessoal com a Intelli),” afirma.
Sobre a desmontagem da equipe, Deives conta que o clube “foi muito justo e arcou com todas as promessas da patrocinadora”. O aviso de que o time seria dissolvido “pegou a todos de surpresa”, mas “não interferiu no rendimento da equipe”.
Vídeos
Final da Liga Futsal 2011 – Bastidores de Santos x Carlos Barbosa
Jogo 1 da Final –Matéria
Jogo 2 – Melhores Momentos
Liga Nacional 2011
Resumo do ano
Campeão – Santos
2º Carlos Barbosa;
Artilheiro: 32 gols – Falcão – Santos
16ª edição – 14 de março a 22 de novembro – 23 clubes – 315 jogos – 1726 gols – 5,48 gols/partida.
Melhor Ataque – Santos 88 gols
Melhor Defesa – Copagril 31 gols
Participantes: Santos/Cortiana, São Paulo/Marília/Construban, São Caetano/Corinthians/Unip, Suzano/Penalty/Drummond, São José/Vale Sul Shopping, ADC Intelli/Orlândia, Carlos Barbosa, Assoeva/ALM/Unisc, Atlântico/Apti/UriErechim, Copagril/Faville/DalPonte, Diplomata/Muffatão/Cascavel, Colégio Londrinense/Sercomtel, Oi/Gazin/Umuarama, Krona/Joinville/DalPonte, Florianópolis Futsal, Concórdia, Hipper Freios/Unisul, V&M Minas, Praia/Velox/Pepsi, Macaé Sports, Poker/PEC, Peixe/Mazza, Anápolis/Super Bolla
Assessoria e Comunicação LNF