Há exatos dez anos, o Brasil vencia a Espanha por 4 a 3 nos pênaltis e conquistava o seu sexto título mundial de futsal – os times empataram em 2 a 2 no tempo normal. A decisão foi realizada no Maracanãzinho, no Rio. O elenco comandado por PC Oliveira tinha 14 jogadores. Destes sete seguem em atividade até hoje. Um deles é o craque Falcão, que continua jogando pela seleção e pelo Magnus aos 41 anos. Capitão do hexa, Vinicius se aposentou das quadras em 2015 e hoje se divide entre a faculdade de Direito e o seu novo hobby: o cross-fit.
Veja por onde anda cada um dos 14 campeões mundiais de 2008:
Tiago – goleiro titular da campanha do hexa mundial, tem 37 anos e atua pelo Sorocaba, equipe do craque Falcão. Jogou também os Mundiais de 2012 e 2016. No ciclo atual tem sido pouco convocado pelo técnico Marquinhos Xavier.
Rogério – um dos reservas de Tiago em 2008, segue jogando aos 45 anos. Sua equipe atual é o Lagarto, de Sergipe. Rogério viveu o auge da carreira no fim dos anos 90, quando atuava pelo Atlético-MG. Sua principal conquista pelo Galo foi o Mundial Interclubes de 2008.
Franklin – Herói da decisão ao entrar para defender na disputa de pênaltis, tem 47 anos. Em 2016, chegou a interromper a aposentadoria para atuar pelo Jaraguá. Franklin atualmente mora em Jaraguá do Sul e trabalha em uma construtora.
Ari – Ídolo no Barcelona, jogou também os Mundiais de 2012 e 2016. Na última Copa do Mundo, inclusive, perdeu o pênalti que decretou a eliminação do Brasil perante o Irã nas oitavas de final. Ari tem 36 anos e joga atualmente no CCR Gava, também da Espanha.
Ciço – Tem 37 anos e joga atualmente pelo Minas. Fez oito partidas e marcou dois gols no Mundial 2008. Em 2012, foi convocado para a Copa do Mundo da Tailândia, mas cortado às vésperas do evento devido a uma lesão. Ultimamente não tem sido mais chamado para a seleção.
Vinicius – Capitão do hexa, tem 40 anos e mora em Orleans (SC). Aposentou-se das quadras em 2015 pelo Tubarão. Em 2012 retornou ao Brasil após longa passagem pelo futsal espanhol. Logo em sua primeira temporada pelo Orlândia, marcou o gol do inédito título do clube paulista na LNF.
Gabriel – Tem 37 anos e encerrou a carreira no fim de 2016. Em 2017, chegou a exercer a função de diretor de relações internacionais da seleção brasileira de futsal. Saiu do cargo após o fim da parceria entre a CBFS e a CBF. Gabriel mora em Barcelona e, assim como Ari, também é ídolo do clube catalão.
Schumacher – fixo titular do hexacampeonato mundial, tem 43 anos, mora no Rio de Janeiro e hoje é gestor de futsal do Olaria. Após longa passagem pelo futsal espanhol, foi contratado pelo Corinthians no fim de 2012 e encerrou a carreira no próprio clube do Parque São Jorge.
Betão – Autor de seis gols no Mundial 2008, tem 39 anos e joga atualmente pelo Real Rieti, da Itália. Suas últimas convocações para a seleção foram antes do Mundial de 2016. Betão é irmão do também pivô Douglas, do Corinthians e seleção brasileira.
Lenísio – irmão de Vinicius, encerrou a carreira em 2012 após seguidas lesões. Depois da aposentadoria, cursou Educação Física e foi dirigente do futsal do Corinthians. Lenísio tem 41 anos e mora em Uberlândia. Seu filho, Vinicius Teixeira, está sendo preparado para ser jogador de futsal.
Marquinho – Autor do primeiro gol do empate em 2 a 2 com a Espanha, Marquinho tem 44 anos e aposentou-se do futsal em 2012. No ano passado, exerceu a função de supervisor da seleção durante a parceria entre a CBF e a CBFS. Com a saída de PC Oliveira, deixou o cargo junto com Gabriel.
Falcão – considerado o maior jogador de futsal de todos os tempos, segue em atividade aos 41 anos. Com 399 gols com a camisa da seleção brasileira, pode atingir a marca histórica no próximo amistoso do Brasil, contra o Paraguai, na próxima semana, em Jaraguá do Sul (SC). Em 2008, balançou a rede 15 vezes no Mundial do Brasil.
Wilde – campeão mundial em 2008 e também em 2012, segue jogando aos 37 anos. Sua equipe atual é o Corinthians. Cearense de Orós, atuou fora do país entre 2003 e 2017. Assim como Ari e Gabriel, também fez história com a camisa do Barcelona.
Carlinhos – Fixo na campanha do hexacampeonato mundial, tem 37 anos e mora em Chapecó (SC). Com duas passagens marcantes pelo Carlos Barbosa, atualmente administra uma escolinha de futsal na sua cidade.
PC Oliveira – tem 58 anos e vem dividindo os seus trabalhos entre o futsal e futebol de campo. Em 2017, voltou a dirigir a seleção brasileira – ele havia deixado o comando do time canarinho logo após a conquista do Mundial de 2008. A última passagem de PC pela seleção terminou após o fim da parceria entre CBF e CBFS. Este ano, ele dirigiu a Ferroviária no Campeonato Paulista de futebol.