André Sanano

Goleiro projeta decisão contra a Espanha. Foto: André Sanano

O goleiro considera que a Equipe das Quinas vai ter de estar no seu melhor, ao nível físico e psicológico, para vencer um encontro de exigência máxima diante da Espanha, nas meias-finais do Euro. A Seleção Nacional de futsal cumpre esta quinta-feira, pelas 18h30 (19h30 locais) o seu derradeiro apronto antes do jogo das semifinais do Campeonato da Europa Países Baixos 2022

A Equipe das Quinas defronta a Espanha na sexta-feira (4 de fevereiro), pelas 19h00 (20h00 locais), no Ziggo Dome, em Amsterdã, e procura alcançar a terceira final da sua história diante do campeão europeu em sete ocasiões.

No seu percurso até às semi-finais, a formação lusa alcançou quatro triunfos – 4-2, com a Sérvia, 4-1 ,com os Países Baixos, e, 1-0, com a Ucrânia, na fase de grupos, e, por 3-2, com a Finlândia, nos quartos de final. André Sousa fala de um percurso bonito que não quer ver terminado diante da poderosa Espanha.

“Chegamos às semi-finais depois de um percurso difícil, como seria de esperar… num europeu cada vez mais competitivo, com equipas cada vez mais bem preparadas e mais formatadas ao futsal moderno. A verdade é que tem sido um percurso bem bonito. Agora, no jogo com a Espanha, queremos continuar. Sabendo que vai ser um jogo bastante difícil e competitivo, mas são estes jogos que nós gostamos de jogar. São jogos de exigência máxima. Sabemos que a concentração tem de ser máxima. Vamos ter de estar nos nossos melhores índices físicos e, principalmente, mentais, para conseguirmos vencer uma enorme e fantástica equipa, como é a seleção espanhola.”

A Espanha tem o melhor ataque e é a segunda equipa com menos golos consentidos na competição. A Equipe das Quinas é a terceira equipa com menos golos sofridos e isso muito se deve, também, a André Sousa que prefere distribuir os louros por toda a equipa.

“Sempre disse isto ao longo da minha carreira: acho que a prestação de um goleiro, está sempre relacionada com o funcionamento da equipa – com a forma de pensar e a forma emocional como a equipa funciona. Por isso é que o futsal é um jogo coletivo – estamos a falar de cinco jogadores que estão dentro de campo, de 14 que fazem parte do grupo. Se há um funcionamento correto na equipa, obviamente que as equipas adversárias não vão ter tantas oportunidades de golo… mesmo as que tenham, não são tão claras e flagrantes de o fazer. Por isso, a minha tarefa está sempre mais facilitada. Tenho estado bem em momentos-chave e algo decisivos do jogo – em que a diferença no marcador era de um golo. Vou aparecendo no jogo a espaços. Não são muitas as vezes que apareço, mas, felizmente, quando isso acontece, tenho aparecido bem – mas é muito a espaços. É sinal de que Portugal defende bem e que é muito coeso defensivamente… que há um espírito de sacrifício, de luta e de união entre todos os atletas, para fazer este conjunto e esta máquina coletiva funcionar. Isto é um desporto coletivo. Não defendo só quando a bola chega á baliza – há todo um funcionamento coletivo que é fundamental.”