“Faz gols, sabe o momento certo de chutar, de arriscar. Dificilmente o chute dele não vai a gol”. A descrição do craque Falcão ao goleiro Tiago da seleção brasileira de futsal é comprovada no lance do primeiro gol do Brasil, na vitória sobre a Argentina por 6 a 2, na final do Sul-Americano de Futsal. O jogo estava 0 a 0, e a defesa argentina fechada. Tiago avançou, arriscou e bateu para gol. Pixote desviou de letra e abriu o placar (veja gols acima). Resultado de aprimoramento, segundo o goleiro, que tem 109 gols na carreira e acredita que pode chegar ao mesmo número de gols marcados por Rogério Ceni, referência para o camisa 2 do Brasil dentro e fora de campo.

Tiago explicou que depois do treino principal, debaixo da trave, os arqueiros treinam chutes a gol. São, no mínimo, 20 chutes a gols após os treinos, disse Tiago. A característica do futebol, segundo ele, dá condição para que o goleiro possa sair jogando.

– O futsal atual dá esta liberdade para o goleiro participar das armações da jogada com os pés também. Não só no sistema defensivo, que é o principal motivo do goleiro estar ali. O treinamento voltado para dentro da área, para defesa propriamente dita. Temos outras valências e competências para treinar antes do chute, mas sempre quando acaba o treino, a gente aprimora, pois o futsal pede a participação efetiva no ataque – explicou.

Quando o assunto é goleiro artilheiro é inevitável a comparação com Rogério Ceni, ex-goleiro do São Paulo e Seleção Brasileira. Tiago afirma que vê o ex-goleiro como uma referência, mas não só com a bola nos pés.

10.05_tiago_seleção_2– Tenho como referência dentro de campo, mas fora de campo também. Uma pessoa inteligente e que treinou muito para chegar na marca que tem. Serve como exemplo de aprimoramento entre outras coisas que o goleiro tem que treinar – avaliou.

Com mais 22 marcados, Tiago chega ao mesmo número de gols na carreira que Rogério Ceni, que tem 131. Com a ideia de jogar mais quatro anos, incluindo uma Copa do Mundo no período, Tiago acredita que pode alcançar o número.

– Tenho mais quatro anos em alto rendimento. Espero conseguir jogar até o outro mundial para, quem saber, ter oportunidade de buscar mais um título. O objetivo é tomar o mínimo de gols possíveis, mas se derem brecha, como costumam dizer, e a equipe solicitar minha presença para ajudar, por que não? Vamos tentar – concluiu.

Notícia: GloboEsporte.com
Imagens: Ricardo Artifon