O jovem revelou que por algum tempo chegou a carregar o peso da comparação e cobrança que recebia por ser da família de dois dos maiores nomes do futsal. Como não poderia ser diferente, o atleta tem o pai e o tio como referências, mas quer usar o talento herdado para construir a própria história no esporte.

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Arquivo Pessoal

Vinícius, Vini Lanza e Lenísio em jogo festivo. Foto: Arquivo Pessoal

DNA de craque

Vini Lanza cresceu com a bola nos pés e teve o privilégio de aprender a dar os primeiros chutes orientados pelo pai, o craque Lenísio, considerado um dos maiores pivôs de todos os tempos. Lanza revelou que gostava de acompanhar o pai nos jogos e treinos e que sempre gostou do ambiente do futsal.

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Vini Lanza sempre acompanhava o pai Lenísio nas quadras. Foto: Reprodução

– Desde novo, eu sempre queria estar nesse ambiente. Lembro muito que, depois dos treinos, eu sempre ficava jogando bola com meu pai e isso mostra o quanto ele foi importante para chegar onde estou hoje – recordou.

“Meu pai nunca me forçou a jogar ou algo do tipo, mas no fundo eu sempre soube que ele queria que eu fosse jogador ” brincou.

Alexandre Loureiro Exemplus COB

Lenísio e Vini Lanza durante os Jogos Escolares da Juventude de 2017. Foto: Alexandre Loureiro Exemplus COB

Formação no Praia Clube

Lenísio fixou residência em Uberlândia em 2014, dois anos depois que se aposentou do futsal. Vini Lanza fez parte das categorias de base do Praia Clube na adolescência, quando disputou o Campeonato Mineiro de base. O jogador relembra com carinho do clube mineiro.

– Joguei três anos de Campeonato Mineiro. O Praia me ajudou muito, foi o clube que me abriu as portas para começar minha carreira. Aprendi muito com várias pessoas e sou muito grato ao Praia Clube – afirmou.

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Vini Lanza (agachado ao lado do goleiro) fez base no Praia Clube. Foto: Arquivo Pessoal

Depois de atuar pelo Praia, Vini Lanza seguiu para São Paulo, onde jogou pelo Penha e pela Portuguesa-SP.

“Jogo de ala e de pivô. Minhas principais características são chute e passe”

Carreira

A estreia de Vini Lanza no futsal profissional foi em 2018 com a camisa do Pulo Futsal, de Campinas, quando disputou o Campeonato Paulista. Antes de surgir a oportunidade de atuar na Polônia, o ala ainda jogou a temporada de 2020 pelo Marechal do Paraná.

Pulo Futsal Divulgação

Vini Lanza atua profissionalmente desde 2018. Foto: Pulo Futsal Divulgação

Desde janeiro de 2021, Vini Lanza está no futsal polônes. Primeiramente, jogou pelo Dreman, por um ano e meio, até ser contratado pelo Piast Gliwice para a atual temporada.

– Minha passagem pelo futsal polonês tem sido muito boa. Acho que estou fazendo um excelente trabalho. Acredito que aprendi muito jogando aqui. Atualmente estou jogando no Piast Gliwice, que é o atual campeão e tivemos a oportunidade de jogar a Uefa Champions League – disse.

O Piast Gliwice foi eliminado na terceira fase da Liga dos Campeões da Europa de Futsal, ficando entre os 16 melhores times do continente. Vini Lanza marcou dois gols em nove jogos pelo torneio. Agora, o jogador já tem planos traçados para o futuro da carreira.

– O sonho de qualquer atleta é representar a seleção. Meus maiores sonhos são jogar na seleção e jogar na Espanha que tem a Liga mais competitiva atualmente – disse.

Própria história

O pai de Vini, Lenísio, foi campeão mundial em 2008. O ex-pivô é pentacampeão e um dos maiores artilheiros da Liga Nacional Futsal, além de ter sido eleito melhor jogador da Liga Espanhola por três vezes. O tio Vinícius foi capitão da seleção brasileira nos títulos mundiais de 2008 e 2012 e também marcou época no futsal brasileiro e espanhol.

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Vini Lanza ao lado do tio Vinícius (à esquerda) e do pai Lenísio (à direita). Foto: Arquivo Pessoal

É inevitável que, em algum momento, viriam as comparações e cobranças. Vini Lanza afirmou que o peso do sobrenome Teixeira sobrecarregou durante um tempo, mas que agora está focado em fazer a história dele.

– Eles são ídolos e eu só tenho que agradecer por tê-los na minha família. Sempre que dá peço conselhos e eles sempre estão ali para me ajudar. Em questão da responsabilidade quando eu era mais novo carregava muito esse peso, muitas pessoas me comparavam. Mas hoje mudei minha cabeça e isso não é mais um peso – falou.

“Eles fizeram a história deles e eu estou fazendo a minha. Prefiro levar assim”, concluiu.