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Ferrão atuou no jogo contra a Croácia pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo. | Foto Leto Ribas

oram só 9 minutos que Ferrão ficou em quadra contra Croácia, pela segunda rodada da fase de grupos, mas esse retorno cauteloso já foi suficiente para ele sentir o clima dessa Copa do Mundo.

“A gente sofre muito mais quando está fora do que quando está na quadra, né? Quando a gente está fora é aquela sensação de impotência, de não poder ajudar, de querer ajudar e por algum motivo não pode, então ontem já tive a felicidade de poder jogar um pouco depois do desconforto que eu tinha.”

Ferrão sentiu um desconforto no posterior da coxa direita no primeiro amistoso contra o Uzbequistão (06). No segundo amistoso e na estreia da Copa do Mundo ele foi preservado. Segundo o fisioterapeuta da Seleção Brasileira, Kleber Barbão, ele já estava apto a jogar.

“No primeiro jogo contra o Uzbequistão, ele sentiu um desconforto no posterior de coxa direita, foi avaliado pelo médico e, consequentemente, direcionado ao setor da fisioterapia. E junto com o trabalho da preparação física nos últimos dez dias, o Ferrão foi se recuperando e se mostrando cada vez mais apto a participar dos jogos. Ele foi relacionado já no jogo contra a Cuba e, no último jogo, o professor Marquinhos deu a oportunidade para ele ganhar minutagem. Cada vez ele estará mais preparado para ajudar o Brasil na Copa do Mundo”, explica.

Ferrão foi para a preparação dos mundiais de 2012 e 2016 mas não ficou na lista final. Esteve na Copa do Mundo em 2021 na Lituânia, quando o Brasil ficou com o bronze depois de vencer o Cazaquistão por 4 a 2 na disputa pelo terceiro lugar. Ele conta que é uma felicidade muito grande estar nesse mundial.

“Pisar na quadra num momento tão importante e numa competição assim vestindo essa camiseta que é onde todo mundo acha que iria estar e nós temos o privilégio de vestir é uma grande felicidade. Para nós a Copa do Mundo não começou aqui, começou muito antes, em todo o ciclo, na preparação do Rio de Janeiro. Essa ambição de querer sempre mais, a gente demonstrou nos treinos e aqui a gente só colocou em prática nas primeiras partidas”.

Ferrão, eleito três vezes melhor do mundo na modalidade, faz uma análise do que já conseguiu observar sobre a performance do Brasil nesse mundial.

“Desde o primeiro jogo a gente já viu, principalmente da nossa equipe, muita seriedade. Então, vendo de fora a primeira partida, tudo que a gente tinha treinado a gente conseguiu colocar dentro de quadra. Na segunda também. A gente sabe que vai ter jogos que vão ser um pouco mais difíceis mas acho que a gente está preparado não só física e taticamente, mas também mentalmente, que esse jogo mental nessas competições às vezes é tão importante quanto o restante.

Embora ainda sentisse receio em alguns movimentos contra a Croácia, Ferrão viu seu retorno como um passo importante.

“Foi bom entrar em quadra para soltar, para liberar, e no próximo jogo já tentar fazer mais os meus jogos explosivos, assim, para já entrar no clima, para nos próximos jogos já estar 100% já ajudando a equipe da maneira que tem que ajudar”, afirma.

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Ferrão, eleito três vezes melhor do mundo na modalidade. | Foto Leto Ribas