Isso assombrava Neto. Seu último chute na Copa do Mundo de Futsal da FIFA™ foi um pênalti que acertou o travessão e acabou com o sonho do Brasil de ir para Taipei Chinês em 2004. Ele perdeu a edição seguinte por lesão e viu Falcão e companhia recuperarem a coroa.

“Eu sabia que era minha última chance”, disse ele sobre ser levado para a Tailândia em 2012. Um chute do fixo — um feito com uma intenção estrondosa — colocou o Brasil na frente na final.

Mas a Espanha voltou. Gols rápidos de Jordi Torras e Jesus Aicardo os colocaram em uma liderança de 2 a 1, que eles mantiveram com menos de três minutos no relógio. Então, um extraterrestre salvou o Brasil.

Quando Falcão, que já estava lutando contra uma lesão na panturrilha, sofreu paralisia facial no início do torneio, foi naturalmente relatado que ele havia sido descartado do torneio. O ponta se recusou a aceitar esse destino, no entanto, e apesar de jogar minutos limitados, continuaria quando seu país precisasse dele. Eles precisavam dele agora, e Falcao fez um gol maravilhoso para levar o jogo para a prorrogação.

Com 23 segundos restantes e uma disputa de pênaltis se aproximando, Neto coletou a posse de bola no flanco esquerdo, imediatamente confrontado por Fernandão. Parecia não haver absolutamente nada acontecendo, mas Neto se preparou para cortar para dentro, chutou a bola sobre a perna esticada de seu marcador, controlou-a impecavelmente e produziu um chute excepcional para vencer a Copa do Mundo para o Brasil.

“Vencer a Copa do Mundo com apenas 19 segundos restantes foi inacreditável, indescritível”, disse Neto. “Eu estava tão nervoso. Eu estava desesperado para me tornar um campeão mundial. Foi um jogo louco e esse foi o melhor momento da minha carreira.”

Até Falcão, apesar de seus heroísmos em torneios anteriores e de ver pouca ação, chamou isso de seu auge.

“Eu só joguei 28 minutos naquela Copa do Mundo”, ele explicou. “Eu marquei quatro gols – três deles realmente cruciais. Eu acho que a Copa do Mundo de 2012 é a história mais linda da minha carreira. Eu acho que é única em todos os esportes – ninguém jogou com paralisia facial e foi crucial para vencer jogos.”