Falcão vive um momento incomum na carreira. O ala passa por um período sabático em sessões de fisioterapia. Com uma lesão entre o joelho e a coxa, o melhor jogador do mundo de futsal está há praticamente três meses sem entrar em quadra.
– Para mim foi uma novidade, eu nunca tive lesão de tendão que é mais complicada que a muscular, acabei tendo acúmulo de líquido na região que atrapalhou a cicatrização. O tempo que fiquei parado acabou enfraquecendo a musculatura, e a gente vai aprendendo que é um tipo de lesão que você tem que voltar, treinar e refortalecer. Senão vou acabar tendo essas pequenas dores que eu tive quando achei que estava bom. Acredito que no começo de setembro eu já esteja apto a estar jogando – explicou Falcão.
Com previsão de retorno em um mês, o ala revela que pediu dispensa da seleção brasileira e que não foi cortado. Durante a Copa América, Falcão mais jogaria do que treinaria, fato que, segundo ele, agravaria a lesão.
– Eu acabei optando por pedir dispensa e focar na minha recuperação. Com a seleção, eu acabaria tendo um grande número de jogos em um curto espaço de tempo, e como estou parado há muito tempo, isso certamente me atrapalharia para o restante da temporada. Espero retornar em um mês e poder ajudar minha equipe na fase final da Liga Nacional de Futsal – disse o ala.
Os números da temporada de Falcão justificam a angústia do jogador. Em 2014, ano em que o Brasil Kirin foi campeão paulista e brasileiro, ele jogou 52 dos 66 jogos do time, marcando 43 gols. Na atual temporada, atuou em apenas 20 dos 51 jogos, anotando 17 gols.
– É uma agonia muito grande, eu me envolvo muito em qualquer lugar que eu jogo. Algumas vezes foi o fato de eu querer pular etapas para voltar logo. Como eu já tive algumas lesões musculares, eu sempre soube o momento de retornar. O tendão é traiçoeiro, e seu eu tivesse um pouco mais de calma, talvez eu estivesse jogando. Agora é o momento de pensar com calma, tivemos uma conversa boa entre nós e isso vai fluir em resultados. Vamos buscar classificar, nossa equipe cresce muito em mata-mata. Quando eu voltar, quero ajudar a equipe a conquistar os títulos – disse o camisa 12 do Brasil Kirin.
Notícia e Imagem: Emilio Botta