Marreco e Acel estrearam na Série Ouro do Campeonato Paranaense quarta-feira, 16, no Arrudão, num jogo que teve de tudo um pouco. Do ponto de vista estético, as duas etapas foram contraditórias. Isso porque, embora os quatro gols do jogo tenham saído nos primeiros 20 minutos de bola rolando, o primeiro tempo também teve instantes em que o torcedor pôde até pegar no sono. E se faltou bola na rede depois do intervalo, nem por isso faltou agilidade ao confronto. E a atuação dos árbitros, Alfredo Carlos Wagner, de Laranjeiras do Sul, e Divonei dos Santos Cordeiro, bastante contestada, irritou ambos os times. No fim, 2×2, gols de Guilherme Teixeira e Café para o Marreco e Gui e Max para a Acel.

Neto Cajaíba

Fabinho Gomes: “ Foi o jogo em que mais construímos e também o que sofremos menos na defesa”. Foto: Neto Cajaíba

Fabinho Gomes feliz

Embora só um, dos três pontos, tenham sido somados, o técnico Fabinho Gomes gostou da atuação beltronense. Tanto que a elegeu como a melhor da temporada. “Entre ataque e defesa, o balanço foi bom. Foi o jogo em que mais construímos e, também o que sofremos menos na defesa. Cedemos alguns contra-ataques – coisa que não pode ocorrer – e, também tivemos uma falha individual.”

Primeiro tempo

Fabinho faz referência aos gols sofridos. Quando restavam 14 minutos para o fim do primeiro tempo, a Acel desceu e encontrou Gui que, da entrada da área, jogou no ângulo de Rennan Cabral: 1×0. Não demorou muito e Guilherme Teixeira marcou e fez o primeiro dele no estadual, o quarto na temporada. Depois, foi a vez dos chopinzinhenses errarem. O contra-ataque virou contra os visitantes e, Café, que havia recuperado a bola na quadra de defesa, a carregou até a intermediária e chutou sem chances para Hulk: virada, 2×1.

O time visitante, do técnico Daniel Júnior, foi faltoso. A ponto de cometer a sexta infração e ser penalizado com um tiro livre direto. Chance para os donos da casa ampliarem o placar, mas Café parou em Hulk.

Goleiro do Marreco Futsal, Rennan Cabral fez defesas difíceis, daquelas que levantavam o torcedor e faziam este agradecer aos céus pela intervenção do arqueiro. Mas, Rennan também falhou. Já nos instantes que antecediam o intervalo, Max fez um lançamento, Rennan saiu do gol e, diante do pivô da Acel, não conseguiu agarrar a bola, que morreu dentro do gol.

Segundo tempo

Quando a bola voltou a rolar, a intensidade cresceu e as sentenças dos árbitros começaram a gerar protestos. Uma suposta falta não marcada para o Marreco, em seguida outra reclamada pela Acel. Depois, uma anotação a favor do visitante, que para a torcida beltronense não existiu, agrava a revolta. Zé Marques então escapa pela esquerda e é derrubado próximo à entrada da área, por Vini. O amarelo para o infrator gera mais reclamações. Cartões são distribuídos e o jogo chega a ser interrompido, por conta da pressão da torcida, que das arquibancadas bradava contra a decisão da dupla.

Fabinho Gomes comentou a atuação dos homens do apito. “Deixaram a desejar para as duas equipes. Mas no lance do Zé Marques, o Vini merecia ser expulso. Nosso jogador foi agredido para que a jogada fosse paralisada. Durante o jogo, os dois tiveram critérios distintos, que não se encaixavam, e deixaram as equipes nervosas. Felizmente, as decisões não interferiram no resultado.”

Clássico

O Marreco volta à quadra amanhã, às 20h15, no clássico contra o Dois Vizinhos Futsal, no Ginásio Teodorico Guimarães. Quarta, 23, recebe o Operário Laranjeiras, às 19h30. A estreia na Liga Nacional está marcada para 26 de março, sábado, às 19h, no Ginásio da Neva, em Cascavel, contra o time da casa.