Leto Ribas
Pito, estrela no futsal com a camisa da Seleção Brasileira Pito, estrela no futsal com a camisa da Seleção Brasileira | Foto: Leto Ribas

Ícone do futsal mundial, o pivô Pito vive um dos momentos mais marcantes de sua trajetória. Aos 33 anos e consagrado como o melhor jogador do mundo em 2023, o craque da seleção brasileira abre o jogo em uma entrevista exclusiva sobre sua carreira vitoriosa, desde o início em Santa Catarina, os títulos que marcaram sua história e o que ainda projeta para o futuro nas quadras.

Gostaria que você falasse como está esse teu momento atual na sua carreira. Como você tem visto estes últimos anos e como você projeta o futuro no futsal?

R: Nessa última temporada o começo foi muito bom, jogamos o mundial com a Seleção Brasileira e conseguimos o título que fazia algum tempo que a seleção não conquistava. Esse título é o mais importante no futsal e conseguimos conquistá-lo, representar o país é sempre gratificante. No decorrer da temporada tive algumas lesões que me atrapalharam um pouco e acabei não tendo uma sequência tão boa. Já pro fim da temporada no Barcelona, consegui me manter e tive uma sequência boa de jogos porém não conseguimos o título ficando em 2º lugar no Campeonato Espanhol. Levo como uma temporada de muito aprendizado porque sofri com as lesões mas nos momento difíceis também aprendemos demais.

Quais lesões que você teve durante a temporada?

R: Primeiro tive a lesão durante o mundial na posterior, voltei para Barcelona no clube e tive que ficar mais dois meses parados. Depois tive mais uma lesão no adutor e outras menores que me atrapalharam na sequência dessa temporada.

Gostaria que você falasse um pouco mais sobre sua relação com Santa Catarina. Tivemos em uma sequência de melhores do mundo o Ferrão, você, o Diego e aqui no Brasil você começou por aqui, como é sua visão sobre o futsal do estado?

R: Em Santa Catarina a água é um pouco diferente. Desde que comecei no futsal com seis anos de idade Santa Catarina sempre foi uma potência no futsal, posso citar Chapecó, Joinville, Jaraguá quando o Falcão estava por lá todos acompanhavam estes duelos. Tive o privilégio de viver essa época que sempre foi recheada de grandes talentos e isso mudou a vida de muita gente na região. Agora colhemos os frutos tanto comigo, quanto o Ferrão e o Diego e só tenho a agradecer por ter nascido no lugar certo pro futsal.

Como é essa resenha na Seleção Brasileira quando vocês que são naturais aqui de Santa Catarina se encontram? Acredito que seja um momento especial pra vocês, conta um pouco mais pra gente.

R: A resenha é boa, sempre comentamos que a água é diferente em Santa Catarina. Tem muita gente que impactou o futsal e veio de Santa Catarina, é muito gratificante para todos nós nos encontrarmos em grandes clubes hoje em dia e na Seleção Brasileira vindo aqui de Santa Catarina.

Você como um atleta já consolidado no cenário do futsal e com diversas conquistas na bagagem, qual é o título que você ainda não conquistou mas que está no seu radar?

R: Era a Copa do Mundo né?! Mas graças a Deus conseguimos conquistar com a seleção e agora um que eu ainda não tenho mas que gostaria de ganhar é a Libertadores. Um dia quem sabe eu volte para o Brasil e se tiver  a oportunidade de disputar e conquistar a Libertadores seria excelente.

Como foi essa conquista do mundial em cima da Argentina? Um título que fazia tempo que o Brasil não conquistava mas que chegou logo em cima do maior rival da seleção, teve um gostinho diferente?

R: Teve sim. Eu particularmente já havia sofrido contra a Argentina outras vezes, então estava esse gostinho engasgado, já havíamos vencido a Copa América contra eles e conseguimos ganhar agora o Mundial em cima deles foi uma sensação muito boa pra todos que estavam envolvidos, foi um momento que jamais vou esquecer na minha vida.

Como você projeta seu futuro no esporte? Você disse que tem um carinho especial pelo Carlos Barbosa e por Santa Catarina, esse retorno para o Brasil tem data marcada?

R: Ainda não. Tenho contrato de mais duas temporadas com o Barcelona e meu pensamento a princípio é ficar por lá. Espero cumprir meu contato por lá e depois sim pensar em um retorno aqui para o Brasil.

Você falou de jovens jogadores, com esse teu olhar de alguém já experiente no esporte, quem você enxerga nascendo que a gente tenha que ficar de olho?

R: Na verdade tem alguns que já estão indo para fora do Brasil. Com certeza o Marquinhos já está olhando para esses jovens jogadores e temos que aproveitar aso máximo essas nossas gerações que cada vez mais revelam grandes jogadores a nível mundial. É torcer que cada vez mais o Brasil revele essas pérolas para um esporte cada vez mais forte.

Para finalizar, gostaria que você deixasse um recado para a galera de Santa Catarina, que é um grande celeiro do futsal e que também consome demais o esporte por aqui.

R: Meu recado é para todos os amantes do futsal, que nunca deixem morrer o futsal em Santa Catarina. O esporte mudou não só a minha vida mas de muita gente. O pessoal tem sempre que olhar com muito carinho para voltar a investir e fortalecer cada vez mais o nosso futsal para que tenhamos o surgimento de novos atletas e consequentemente outras conquistas.