São poucos meses de um projeto que chegou quase que no silêncio total, mas passados em torno de apenas cinco meses hoje virou unanimidade entre os apaixonados pela modalidade em Toledo. A chegada do projeto Esporte Futuro mexeu com os brios não apenas da torcida nas arquibancadas, mas resgatou a dignidade de um esporte que sofreu nos últimos anos sem uma equipe competitiva no âmbito estadual. Mas o ‘pacote’ veio ainda mais completo com a disputa da Liga Nacional de Futsal, um sonho antigo que finalmente virou realidade.

Numa entrevista exclusiva ao JORNAL DO OESTE, o gestor do projeto, o empresário Cristiano Reolon (Jaclani Esportes) falou sobre o momento da equipe nas competições que participa, mas acima de tudo deu um panorama geral sobre o Esporte Futuro e a perspectiva a longo prazo.

Hoje a equipe de Toledo é a que tem o investimento mais barato da liga, mas isso não significa falta de qualidade. Ao contrário: o Esporte Futuro está entre os líderes de seu grupo na Série Ouro do Campeonato Paranaense e ainda sonha com a classificação na Liga Nacional, onde ocupa o 19º lugar, mas apenas a 3 pontos da zona de classificação para a próxima fase, onde começa o ‘mata-mata’ da maior competição de salonismo do mundo. “Nosso maior objetivo é classificar e estamos muito otimistas com isso”, comentou Cristiano ao lembrar que os jogos mais complicados da equipe toledana foram todos muito equilibrados, com destaque para o empate em 2 x 2 diante da fortíssima equipe de Joinville (SC), segunda colocada no geral. “Enfrentamos de igual para igualo as grandes forças da Liga, como Corinthians e Jaraguá, com quem empatamos, e o próprio Cascavel que vencemos em casa, o que mostra a qualidade do nosso elenco, mesmo com um investimento menor”, avaliou o dirigente, que não promete vitórias, mas sim empenho dentro de quadra. “Não podemos falar que o time vai vencer porque o futsal é uma modalidade muito equilibrada. Mas força de vontade não irá faltar e temos demonstrado isso em todos os jogos”.

Graziela Souza
Cristiano Reolon está satisfeito com os resultados neste início de projeto em Toledo

Força em casa

Para avançar de fase a conta é simples: faltam 8 jogos para o fim da primeira fase e será necessário vencer 4 para ficar com uma vaga entre os 16 que avançam. E Cristiano Reolon aposta justamente no fator casa para seguir adiante na Liga e na Série Ouro. “Nossa avaliação está sendo muito boa, com média de público de 1 mil a 2 mil pessoas por jogo”, comemorou.

O dirigente lembrou ainda que disputar a Liga Nacional era um sonho antigo da cidade, quando decidiu trazer o projeto de Marechal Cândido Rondon para Toledo não esperava uma acolhida tão rápida. “Acredito que está sendo um presente bom para Toledo, assim como está sendo para o projeto Esporte Futuro”, avaliou Cristiano.

Parceiros importantes

Com a meta de curto prazo atingida, o próximo passo é buscar a classificação nas duas competições e, com isso, atrair ainda mais torcedores ao Ginásio de Esportes Alcides Pan, além de reforçar a relação com os parceiros do clube neste primeiro ano. “Enfrentamos sim algumas dificuldades naturais no início, o que é normal”, comentou o dirigente, completando que “hoje estamos sendo procurados por muitos empresários querendo se juntar ao projeto já em 2024. Isso nos dá a garantia da manutenção não apenas do projeto em Toledo, mas também na formação de uma estrutura mais sólida para os próximos anos”, disse.

Quando Cristiano Reolon tomou a decisão de vir a Toledo, um de seus objetivos era o de melhorar a modalidade numa cidade apaixonada e com muita tradição na ‘bola pesada’. Agora a ideia é dar os próximos passos, fortalecendo as escolinhas para começar a moldar futuros atletas para o projeto. “Precisamos identificar esse públicos das escolinhas, estabelecer uma relação de proximidade com os responsáveis por elas e no futuro contar com atletas de Toledo jogando em Toledo, com maior identificação ainda com a cidade”.