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Matheus Paulista (de vermelho) ajudou time húngaro em feito histórico no futsal do país. Foto: Instagram

Sensação de dever cumprido e uma grande história de superação construída. É com essa bagagem que o fixo Matheus Ferreira, ou Matheus Paulista, como é chamado no meio esportivo, volta da Hungria após todos os desafios enfrentados. Entretanto, nada muito diferente dos que já havia encarado no Brasil. Só que agora acrescenta no currículo um primeiro semestre de colaboração à volta por cima histórica do time defendido, o Nyírgyulaj KSE.

Em fevereiro, o portal ge de Prudente e região contou a história de Matheus Ferreira, que foi jogar no time de futsal da primeira divisão húngara (relembre). Ele ficou mais de cinco meses em Nyírbátor e conseguiu boa adaptação ao elenco e à cidade. Inclusive, marcou dois gols na sua estreia, que deu a segunda vitória para o time na Liga da Hungria. Mas isso não significa que os desafios a serem superados sumiram. O fixo chegou junto com outro brasileiro e conta como foi.

– Sabíamos que seria difícil, mas, quando chegamos, vimos que a situação era pior do que o esperado. Os meninos do time já haviam aceitado o rebaixamento.

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Fixo epitaciano (de branco) ainda colaborou com a chegada do time à fase semifinal da Copa da Hungria. Foto: Instagram

O time do atleta estava em último colocado na primeira fase da competição. As chances de serem rebaixados eram grandes. Na primeira fase, dez equipes se enfrentavam. Os cinco primeiros garantiam vagas aos playoffs e disputariam o título. Os cinco últimos colocados jogariam os playoffs também, mas para disputar a permanência na divisão principal. Duas equipes acabaram rebaixadas.

O time de Matheus começou a fase final sem nenhum ponto, devido a última colocação na primeira etapa do campeonato. A maioria poderia considerar esse desafio grande demais. Mas o epitaciano decidiu não se deixar abalar. Como ele mesmo fala: “Trabalho dado é trabalho cumprido”.

– Na noite que antecede cada partida, mandava mensagem de incentivo para cada um do time. No vestiário, olhava no rosto de cada um e falava que éramos capazes de mudar a situação. Na quadra e no meio do jogo, brigava com eles, mas não para dar bronca, e sim para incentivar, pois sabia da capacidade de cada um.

Segundo o jogador, quem o ajudou muito foi o seu companheiro Luiggi Duarte, o outro brasileiro que chegou com ele ao time.

– Dei sorte por ter o Luiggi, pois ambos não gostam de perder. Ele é um cara muito centrado também, pelo fato de ser casado e ser mais quieto, já eu sou mais explosivo. Pode-se dizer que um completou o outro.

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Por meio de suas redes sociais, atleta comunicou que não seguirá no time de Nyírbátor na próxima temporada. Foto: Instagram

Graças à ajuda dos brasileiros, incluindo a do epitaciano, o time conseguiu a melhor campanha da segunda fase e a permanência com uma rodada de antecedência na divisão principal do futsal do país.

– Eu sei da minha importância para a mudança de fase no time. Mas também sei que, sem meus companheiros, eu não conseguiria.

O time chegou às semifinais da Copa da Hungria. Para isso, venceu o Haladás VSE( time repleto de jogadores da seleção húngara ) nas quartas de final. Infelizmente para o fixo e seus companheiros, ficaram nas semifinais. Mas com a certeza de uma incrível temporada de superação, que deverá ficar no coração de todos os torcedores do Nyírgyulaj e de Matheus, que agora vai curtir suas férias com sua família em Presidente Epitácio. O atleta já comunicou que, na temporada seguinte, não defenderá mais o time de Nyírbátor.