Vestir a camisa 1 da Seleção Brasileira em quatro Copas do Mundo é um feito que poucos conseguem. Para Guitta, goleiro que foi eleito melhor do mundo em 2021, é um orgulho imenso. Nessa trajetória de 14 anos com a Seleção, foi campeão do mundo em 2012 na Tailândia, o primeiro mundial que disputou. Em sua última Copa do Mundo, Guitta sonha em encerrar seu ciclo com um hexacampeonato no Uzbequistão.

Leto Ribas
Guitta em Brasil e Croácia pela Copa do Mundo 2024, no Uzbequistão. | Foto: Leto Ribas

Nascido em Ribeirão Pires e criado em Mauá, Região Metropolitana de São Paulo, Thiago Mendes Rocha, conhecido como Guitta, deu os primeiros passos no futsal numa escolinha na cidade natal.

“Meu início no futsal foi com meu irmão mais velho, o Luís. Ele é oito anos mais velho do que eu, ele me treinava naquilo que aprendia com o treinador dele. Meus outros dois irmãos, o Luís e o Elias, participavam de uma escolinha e me levaram junto para poder fazer essa atividade”, relembra. A habilidade não passou despercebida. “Eu fiz um treino e o treinador falou ‘esse goleiro é o goleiro titular da minha equipe’”, conta. 

Aos 18 anos, Guitta foi aprovado em um teste em Orlândia, interior paulista, onde se tornou ídolo ao longo de nove temporadas no Intelli. Esse momento o projetou à Seleção Brasileira. 

A primeira convocação foi em 2011, depois de participar de uma clínica de goleiros com objetivo de observar possíveis selecionáveis para próximas convocações da Seleção. 

“Estava o Fred (preparador de goleiros da Seleção), além de outros 2 preparadores e mais uns oito goleiros que se destacaram nos seus clubes. Eu pude ser convocado em seguida para a Copa América na Argentina no mesmo ano.” 

Além das Copas do Mundo de 2012, na Tailândia, em 2016 na Colômbia e na Lituânia em 2021, a trajetória de Guitta inclui quatro temporadas no Corinthians, cinco no Sporting, de Portugal e está indo para a segunda temporada no Ukhta, da Rússia. Mas é pelas memórias da Seleção que o camisa 1 guarda um carinho especial . O título mundial na Tailândia, em 2012, permanece vivo em sua mente.

“Eu pude ter esse presente de estar com todos aqueles craques que eu via na TV, aqueles atletas experientes, atletas renomados, como o Falcão, o Vinicius, o Lenisio e o Tiago. Eram jogadores que já haviam ganhado tudo na carreira e com aquela vontade, determinação e gana de ser campeão mundial. Com brilho no olhar de chegar em uma final”, relembra.

O Brasil enfrenta o Marrocos neste domingo, 9h30 (horário de Brasília) pelas quartas de final da Copa do Mundo, no Uzbequistão. Guitta alerta que nesse mundial é preciso estar preparado para todo tipo de situação, porque o futsal hoje em dia se igualou muito. A união do grupo tem feito a diferença. 

“Eu acho que a nossa união, a nossa entrega e conhecer um ao outro, sabendo a verdadeira qualidade que cada um tem, o que cada um representa e tem que fazer dentro da equipe faz a diferença” afirma.

Leto Ribas
Guitta em Brasil e Croácia pela Copa do Mundo 2024, no Uzbequistão. | Foto: Leto Ribas