Comandar um grupo de esporte coletivo vai muito além do trabalho de definir quem joga e quem não joga. Essa é apenas uma das administrações do treinador. O dia a dia conta bastante no processo e, no futsal, não é diferente. A modalidade com muito a crescer em estrutura sugere que exercer essa função não se restringe a apenas a aspectos técnicos. Por isso, é importante ouvir quem conhece o caminho até o topo.
Na LNF 2023, novamente um personagem do futsal nacional estará de prancheta na mão. Cidão irá mais uma vez comandar o Santo André Intelli. Com bagagem de dois títulos em 2012 e 2013 no clube, ele valoriza o cargo que ocupa.
“É imprescindível como todas as peças da estrutura da engrenagem. Todas as funções fazem parte de um processo coletivo, mas o treinador é comandante dentro das quatro linhas e fora exerce outras funções de mediação também. Vejo como essencial essa figura”, diz o experiente treinador do clube paulista.
De geração mais jovem, dois nomes vão vivenciar uma situação nova na edição de 2023. No comando da ACBF, maior ganhadora da LNF com cinco títulos, André Bié, após uma temporada no exterior, treinará a equipe gaúcha. Campeão em 2016 com o Corinthians, mesmo de longe, acompanhou o que aconteceu ano passado na competição.
“Acompanhei a Liga e como sempre. Uma LNF muito competitiva e com muitos jogos de qualidade. Isso mostra que temos grandes trabalhos e que o nível da competição aumenta a cada ano. Acredito que nesse ano a Liga tenha um grau imenso de competitividade e que os detalhes farão toda diferença”, projeta o treinador.
Dos 24 treinadores de 2023, um ganhará uma atenção especial. Deividy Hadson assumiu o Corinthians na temporada passada e chegou à conquista na primeira experiência. No entanto, ele não imagina uma cobrança maior sobre seu trabalho.
“Eu tenho a minha própria. Se a dos outros for maior ou menor, para mim não fará diferença. Mesmo assim, por se tratar de Corinthians, a gente vai ser sempre cobrado. Espero que a gente faça um ano bom. Sabemos que não somos os favoritos pelo investimento feito, mas vamos buscar tudo novamente”, afirma.
A história de treinadores vencedores reúne alguns nomes que estarão na edição de 2023. Sérgio Lacerda, no Pato atualmente, foi bicampeão pelo clube. Mais recentemente, dois nomes deixaram suas marcas em trabalhos sólidos: Ricardinho, campeão com o Magnus em 2020, segue para mais uma temporada em Sorocaba. Por fim, Cassiano Klein, depois de um título em 2021, tentará o segundo no comando do Joinville.
Números de antigos nomes, no entanto, dificilmente serão alcançados. Fernando Ferretti faturou a LNF cinco vezes, quatro com o Jaraguá e uma com o Santos. Abaixo dele, PC Oliveira foi tetra. Três vezes com a Ulbra e uma com o Inter, na primeira edição em 1996.