Ganhar é importante; divertir-se é primordial. É uma perspectiva rara para um treinador, mas ajudou Alex Del Rosario a guiar o Panamá à sua primeira coroa da Concacaf em abril.
A “recompensa” por isso foi ser enviado para o grupo da morte na Copa do Mundo de Futsal da FIFA Uzbequistão 2024™. No entanto, “El Brujo” , que era treinador assistente quando o Panamá jogou na final global pela primeira vez em 2012, não resmungou.
“Eu comparo estar em uma Copa do Mundo a estar em uma festa de formatura”, disse ele. “Você tem que se divertir antes de tudo. Aproveite o que você ama, que é jogar futsal.”
“Em 2012, tudo era novo para nós, tudo parecia tão avassalador e nós vivenciamos isso de uma maneira diferente. Com o passar do tempo, esses momentos se tornam meras experiências e você aprende com eles.”
“Agora temos muitos jogadores novos no time, mas eu sempre os lembro de darem tudo de si na quadra para obter bons resultados e também para se divertirem. Às vezes cometemos erros por causa da pressão e do medo de perder, mas precisamos sair disso. Futsal é felicidade.”
O futsal panamenho nunca esteve em um lugar melhor, tendo feito história ao dominar a região em abril.
“Foi a primeira vez que tivemos um técnico do Panamá no comando”, explicou Del Rosario. “O primeiro desafio foi nos classificar para a Copa do Mundo. Fizemos isso e estabelecemos a meta de chegar à final. Também conseguimos isso.
“Colocamos a responsabilidade nos ombros do jogador. Queríamos desesperadamente ser campeões. Tínhamos acabado de perder para Cuba na fase de grupos, mas desta vez conseguimos vencê-los e fizemos história para o futsal panamenho. Foi um sonho que se tornou realidade.”
Se o Panamá superou as probabilidades para conquistar a Concacaf, eles terão que eclipsar as maiores para escapar vivos de um grupo do Uzbequistão 2024 que inclui Portugal, um time de Marrocos que recentemente ficou 50 jogos invicto e o Tajiquistão, que desfrutará de um apoio considerável do outro lado da fronteira.
“Estamos em um grupo da morte com os campeões mundiais, os campeões africanos e nós mesmos”, disse Del Rosario. “Somos realistas sobre nossas chances contra os campeões mundiais Portugal, sabemos que não será fácil, mas estamos confiantes em obter um bom resultado.”
“Vamos tentar os três pontos. Se conseguirmos tirar pontos deles, isso nos dará um grande impulso para os próximos jogos. Mas se perdermos, precisamos garantir que seja por uma pequena margem.”
“Então enfrentamos o Marrocos, que para mim é o time que mais evoluiu no mundo do futsal. Eles trabalham muito duro, são bem treinados taticamente e representam uma grande ameaça de ataque. Dito isso, somos mais do que capazes de competir com eles, embora sejam fortes concorrentes para vencer tudo.”
Por fim, ele não acha que o Tajiquistão causará muitos problemas ao seu time e estabeleceu a meta de “sair da fase de grupos com quatro pontos”.
Panamá e Marrocos têm história. O Atlas Lions estava com três gols de vantagem na estreia na Tailândia em 2012, apenas para La Marea Roja sair vitoriosa por 8 a 3.
“Estávamos perdendo por 3 a 0, mas conseguimos empatar antes do intervalo, cortesia de Carlos Perez”, lembrou Del Rosario. “Cometemos alguns erros como estreantes, mas começamos a corrigi-los.”
“Movimentamos melhor a bola depois do intervalo e usamos nosso ritmo, que sempre foi nossa maior força. Marcamos muitos gols no contra-ataque. Foi muito emocionante para todos os envolvidos.”
Poder do jogador
A meta de quatro pontos de Del Rosario pode parecer ambiciosa, mas ele ostenta excelentes jogadores à sua disposição. Jaime Penaloza é um deles, um goleiro capaz de exasperar adversários de elite.
“Penaloza é um jovem rapaz que deu saltos e limites graças à sua ética de trabalho incansável e comprometimento”, disse Del Rosario. “Ele se estabeleceu como o goleiro titular do Panamá e esperamos que ele desempenhe um papel importante para nós nesta Copa do Mundo.”
Alfonso Maquensi e Abdiel Ortiz, que jogam pelo time local Sporting San Miguelito, são dois dos outros jogadores-chave.
“Sabemos que Maquensi desempenhará um papel fundamental para nós”, comentou Del Rosario. “Ele é um grande organizador, ele pega o jogo pelo pescoço e invoca coisas do nada usando sua força e mudanças de ritmo.”
“Ortiz é habilidoso e rápido. Sempre tentamos dizer a ele que seu ritmo é sua maior força e que ele precisa usá-lo sempre que possível.”