Novembro Azul é uma campanha de conscientização realizada por diversas entidades no mês de novembro dirigida a sociedade e, em especial, aos homens, para falar sobre doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata.
O movimento surgiu na Austrália, em 2003, aproveitando as comemorações do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, realizado em 17 de novembro.
No Brasil, o Novembro Azul (Movember) foi criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, com o objetivo de quebrar o preconceito masculino de ir ao médico e, quando necessário, fazer o exame de toque, e obteve ampla divulgação. Em 2014, o Instituto realizou 2.200 ações em todo o Brasil, com a iluminação de pontos turísticos (como Cristo Redentor, Congresso Nacional, Teatro Amazonas, Monumento às Bandeiras), adesão de celebridades (Zico, Emerson Fittipaldi, Rubens Barrichello), ativações em estádios de futebol, corridas de rua e autódromos, além de palestras informativas, intervenções em eventos populares e pedágios nas estradas.
Em vários países, o Movember é mais do que uma simples campanha de conscientização. Há reuniões entre os homens com o cultivo de bigodes (ao estilo Mario Bros), símbolo da campanha, onde são debatidos, além do câncer de próstata, outras doenças como o câncer nos bagos, depressão masculina, cultivo da saúde do homem, entre outros. Na verdade, Novembro Azul é mais tradicionalmente dedicado ao diabetes mellitus. Em 14 de Novembro, data do nascimento do Dr. Banting, descobridor da insulina, comemora-se o dia mundial do diabetes (a data foi instituída pela Federação Internacional de Diabetes – IDF e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1991, e conta com o reconhecimento e apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), que em dezembro de 2006 assinou uma Resolução reconhecendo o diabetes como uma doença crônica e de alto custo mundial), e no mundo inteiro, ações são desenvolvidas para que o diabetes seja mais divulgado, seus modos de prevenção, diagnóstico precoce e manejos. Em muitos locais do mundo, instituições são iluminadas de azul, caminhadas são propostas, ações em ruas movimentadas, entre outras ações.
A LNF decidiu apoiar essa campanha a partir desse ano, divulgando matérias e informações a respeito do assunto, promovendo assim, a conscientização e importância de se cuidar da saúde, indo periodicamente ao médico e realizando exames, caso necessário.
Notícia: Assessoria e Comunicação LNF
Imagens: Divulgação
Homens não dão importância aos sintomas de câncer de próstata
Uma pesquisa realizada pela Coalizão Internacional para o Câncer de Próstata (IPCC, na sigla em inglês) divulgou que 47% dos homens com a deonça em estágio avançado desconhecem e não dão importância aos sintomas. Ou seja, não comunicam aos médicos e perdem tempo para iniciar o tratamento e aumentar as chances de cura. O levantamento foi realizado com 900 pacientes e 360 cuidadores de 10 países (Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Holanda, Estados Unidos, Japão, Cingapura e Taiwan).
De acordo com a ONG britânica Cancer Care, 1,1 milhão de homens são afetados pelo câncer de próstata e provoca 307 mil mortes no mundo todos os anos. A doença é a segunda neoplasia mais frequente em homens depois da de pulmão. O estudo revela que cerca de 10% dos pacientes chegam na consulta pela primeira vez com o tumor disseminado para outros órgãos. Por isso, diagnosticar a tempo a doença pode salvar milhares de vidas.
Entretanto, detectar os sinais pode não ser tão simples, pois os sintomas não são específicos. Os mais comuns, de acordo com o estudo, são: cansaço (86% são afetados), dores nas costas (82%), dor generalizada (70%), fraqueza (67%) e dificuldade para dormir (62%), além da incontinência urinária.
Cerca de 39% dos homens aguentam esses sinais sem recorrer aos médicos durante meses ou até mesmo um ano. Além disso, 34% acreditam que falar sobre sua dor faz com que se sintam fracos e 38% dizem que é difícil falar da dor na qual estão imersos. Já 57% afirmam que a dor ou o desconforto diário é algo que precisam aprender a conviver e 59% afirmam que não sabem se a dor está relacionada com o câncer.
Notícia: Instituto Lado a Lado pela Vida