Em 2012, o mundo do futsal “descobriu” a Colômbia. Após surpreender nas Eliminatórias Sul-americanas e conseguir a inédita vaga para o Mundial, o selecionado colombiano ainda foi muito além das expectativas com um quarto lugar na Copa do Mundo da Tailândia. Dentre a equipe tricolor, os holofotes estavam todos voltados para o seu camisa 10. Rápido, habilidoso e esguio, Angellot Caro era a síntese de um futsal “moleque” e ofensivo. Passados três anos, o ala/pivô conta os dias para jogar a sua segunda Copa do Mundo, a primeira da história em seu país. Em entrevista ao GloboEsporte.com, o jogador de 26 anos falou sobre o presente, expectativas para o Mundial 2016, comparação com Paulo Henrique Ganso e ainda fez uma importante revelação: por conta do seu sucesso na seleção colombiana, ele já recebeu um convite de ninguém menos que o craque Falcão para atuar no futsal brasileiro.
A Colômbia está no grupo B do Grand Prix de Futsal, que está sendo realizado em Uberaba, Minas Gerais. Depois de perder para o Irã na estreia e golear o Uruguai por 6 a 2 nesta quinta, o time colombiano encerra a sua participação na primeira fase da competição enfrentando Angola às 18h30 desta sexta – o SporTV3 transmite ao vivo. O assinante do Canal Campeão também pode conferir no SporTV Play!
GLOBOESPORTE.COM – Você joga atualmente no futsal venezuelano Pensa em atuar no futsal brasileiro um dia? Já recebeu propostas de clubes do Brasil?
Angellot – Fui campeão nacional agora pelo Guerreros del Lago, que é a minha equipe. Gosto muito de jogar lá. O Falcão me convidou uma vez para jogar a Liga Brasileira pela equipe dele, só que eu estava no meio da minha temporada e não tinha como sair da Venezuela. Seria muito bom atuar na melhor liga do mundo, quem sabe um dia eu realizo esse sonho.
Em pouco menos de um ano a Colômbia vai estar sediando um Mundial pela primeira vez na história. Vocês já estão vivendo o clima dessa Copa do Mundo, mesmo com os meses que ainda faltam para o início do Mundial?
Claro, e estamos treinando muito para fazer bonito diante da torcida colombiana. Uma das partes mais importantes da nossa preparação, por exemplo, está sendo esse Grand Prix, uma competição de nível, que conta com algumas seleções que estarão no Mundial de 2016. É um torneio que servirá como parâmetro para avaliarmos o que temos feito até aqui.
Quem você colocaria como favoritos ao título da Copa do Mundo 2016?
Por se tratar de um Mundial, eu sempre coloco o Brasil como favorito por ser o maior campeão, embora haja outras grandes seleções. Eu diria que o Brasil está no trono do futsal mundial e outros países vão fazer de tudo para tirá-lo de lá.
Você é comparado pela imprensa brasileira ao jogador de futebol Paulo Henrique Ganso pelo estilo de jogo e tipo físico. O que acha da comparação?
Acho legal (risos). É um jogador importante do São Paulo, e muito habilidoso. Já vi muitas partidas dele e é uma honra muito grande para mim ser comparado a ele, mesmo porque ele já jogou na seleção.
O que está achando da campanha da Colômbia neste Grand Prix?
Está sendo uma campanha regular, porque perdemos do Irã na primeira rodada. Hoje, felizmente vencemos o Uruguai, um jogo difícil, e esperamos vencer Angola nesta sexta para nos classificarmos à semifinal.
Pelos resultados das duas primeiras rodadas, é provável que a Colômbia cruze com o Brasil na semifinal. É possível pensar em vitória diante dos atuais campeões mundiais no país do rival?
Estamos treinando para isso. Temos perdido duelos decisivos em Grand Prix contra o Brasil e esperamos que uma hora possamos mudar isso, quem sabe esse ano. Temos muito respeito pelo futsal brasileiro, mas vamos enfrenta-los para vencê-los.
Notícia: Flávio Dilascio
Imagens: Ricardo Artifon/ CBFS