A Copa do Mundo de Futsal, que começa no próximo dia 14, no Uzbequistão, promete ser uma das mais equilibradas da história. As seleções mais tradicionais, como Brasil, Espanha, Argentina e Portugal, atual campeã, estão entre as máximas favoritas, mas algumas seleções emergentes podem surpreender, como a forte Marrocos.
O Brasil não vence o torneio desde 2012. Ainda temos jogadores de altíssimo nível, mas seleções que antes não eram ameaças, evoluíram muito e agora são rivais difíceis. Nas duas últimas edições da Copa do Mundo não chegamos nem na final. O técnico Marquinhos Xavier terá alguns problemas para administrar. Ferrão e Dyego vêm de lesões sérias e seus desempenhos são incertos. Pito, Lino e Marcel, melhor jogador da liga espanhola na última temporada, são as grandes esperanças brasileiras para conquistar o título.
Nosso histórico rival, a Espanha, também tenta recuperar seu espaço. A bicampeã mundial perdeu a hegemonia do continente para Portugal e o técnico Fede Vidal conta com a experiência de Sergio Lozano, que também vem de lesões sérias, e o bom momento dos canhotos Catela e Mellado, que fizeram ótima temporada na liga passada.
A atual campeã Portugal acredita na experiência de seu treinador, Jorge Braz, e na base que venceu o mundial passado. Não tem mais o craque Ricardinho, mas o pivô Zicky Té e o ala Pany Varela, assumiram a liderança técnica do grupo, que tem o ala Lúcio Rocha, eleito melhor jogador jovem do mundo, outra das suas apostas para a competição.
A Argentina não tem mais o time campeão do mundo em 2016 e finalista em 2021, mas aquele grupo deixou um legado importante e o técnico Matías Lucuix conta com jogadores que jogam em ligas importantes e que podem repetir as excelentes campanhas recentes.
Em grandes torneios sempre aparece alguma surpresa, e Marrocos é a grande candidata para surpreender as favoritas. Assim como a seleção de futebol, o futsal marroquino vem evoluindo muito e espera superar as quartas de final do Mundial passado. Irã é outra possibilidade de surpresa. Tem muito talento, mas falta maior competitividade. A bola, que não é mais tão pesada, começa a rolar neste sábado e, amantes deste esporte como eu, estaremos atentos e torcendo para o Brasil recuperar o seu devido lugar no pódio.