Arquivo Pessoal
Maricá no futsal do Fluminense | Foto: Arquivo Pessoal

A primeira partida no profissional é marcante na vida de um jogador das categorias de base. Para Luan Ribeiro Amparo, o Maricá, este momento foi além! O garoto, de 17 anos, fez o primeiro gol com apenas seis minutos em campo (assista acima), na vitória da sua equipe, o Grêmio Prudente, contra o Linense na Copa Paulista. O capítulo mais importante até aqui é mais um de destaque assinado pela joia ex-Fluminense, que tem demonstrado bastante resiliência para manter vivo o sonho de chegar longe no futebol.

O clube de Luan é da cidade de Presidente Prudente – a cerca de 560km da capital paulista. A distância de casa é ainda maior. No total, cerca de mil km separam o jovem atualmente de Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde nasceu.

No estado natal, começou bem novo a jogar no futsal do Fluminense, com só 4 anos. Aos 10, a jornada passou a ser dupla pelo Tricolor: quadra e campo. Porém, aos 14, se despediu, mesmo após dar um passo importante na carreira.

– Eu tinha assinado o meu primeiro contrato de formação com o Flu.

A saída foi bastante sentida, afinal, por aproximadamente 10 anos defendeu o Tricolor. O recomeço ocorreu em outro time do Rio de Janeiro. No Serrano, ficou um ano e meio.

O Grêmio Prudente se interessou pelo atleta, e ele chegou ao clube paulista em 2023. E que reviravolta desde então.

– Cheguei para o sub-15, vim trabalhando, trabalhando, sonhando com esse momento, e graças a Deus, o Rogério [Corrêa, técnico] gostou de mim, me subiu para eu ter oportunidade e pude… Ah, calma aí, corta aí – disse, tomado pelo nervosismo, na coletiva após o primeiro gol.

– Tive a oportunidade e aproveitei – concluiu o raciocínio.

Murilo Aguilar
Jovem é levantado por Dérick na comemoração eufórica do Grêmio Prudente | Foto: Murilo Aguilar

O garoto viveu fortes emoções no último sábado, na vitória de 2 a 1 sobre o Linense, na Copa Paulista. Passou a ser o centro das atenções ao anotar um belo gol, que levou companheiros de time e a comissão técnica à euforia na comemoração. O próprio atleta colocou as mãos na cabeça e fez cara de espanto ao correr rumo aos abraços.

O lance é mais um sinal da evolução do atleta. O início no interior paulista foi definido como “muito difícil”, pois nunca tinha ficado tão longe da família. O suporte que encontrou no clube prudentino, com apoio, inclusive, psicológico, foi de grande importância.

No ano passado, fez o primeiro gol na base gremista, no Campeonato Paulista Sub-17. Na atual edição deste torneio, já marcou oito vezes. É o artilheiro do time dono de uma das melhores campanhas do estadual e um dos adversários do Palmeiras na terceira fase.

Arquivo Pessoal
Sonho iniciado na base do Fluminense se mantém vivo | Foto: Arquivo Pessoal

Em junho, as boas atuações renderam a assinatura do primeiro contrato profissional, válido por três anos. Inspirado em Messi, o canhoto Maricá espera seguir evoluindo e deixando a tristeza encarada aos 14 anos cada vez mais distante. Mãos na cabeça agora, só de surpresa boa!

– No momento ali, fiquei desesperado, botei a mão na cabeça, Deus é inexplicável. Na hora que eu cortei, só fechei o olho e chutei. Não vi o goleiro, não vi ninguém. Depois, fui correr para o abraço, meus amigos lá me receberam muito bem. Pude comemorar.