No horizonte, já aparece 2023 e, com o ano novo, a temporada de prêmios começa com tudo. O The Best Awards da FIFA está prestes a coroar os melhores do futebol, e jogadores, técnicos, torcedores e gols serão homenageados na cerimônia em Zurique. A pergunta é: de que maneira o Qatar-2022 mudou a situação?

Alguns jogadores e técnicos se fizeram notar nesta Copa do Mundo. Mas será que seu desempenho no torneio será suficiente para superar os que brilharam ao longo de todo o ano? Como ainda não sabemos quem será selecionado para a lista final de candidatos aos prêmios, qualquer comentário é naturalmente pura especulação e conjectura.

Ainda assim, chegou a hora de considerar como o maior torneio do futebol pode ter influenciado os prêmios mais prestigiosos deste esporte.

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Messi, o craque do Mundial. Foto: FIFA

Prêmio The Best de melhor jogador masculino

Desde que foi entregue pela primeira vez em janeiro de 2017, Lionel Messi só ficou de fora dos três primeiros colocados uma única vez, e ganhou o prêmio com 46% dos votos em 2019. Por outro lado, Kylian Mbappé ainda não apareceu entre os três candidatos finais.

Porém, certamente os dois são os jogadores que mais melhoraram suas reputações graças à Copa do Mundo – a final não foi só Argentina versus França, mas Messi versus Mbappé, o velho versus o novo, o passado versus o futuro. Seria um palpite bastante atrevido dizer que nenhum dos dois ganhará o prêmio.

Por outro lado, como fica Luka Modric, ganhador de 2018? O meia não só acrescentou sua quinta Liga dos Campeões da UEFA e seu terceiro Campeonato Espanhol ao currículo neste ano, como também levou para casa uma medalha de bronze depois de uma sequência de atuações decisivas no Mundial.

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Dibu, o melhor goleiro. Foto: FIFA

Prêmio The Best de melhor goleiro

Apesar de Dominik Livakovic e Emiliano Martínez terem feito o torneio de suas vidas – este último, aliás, levou a Luva de Ouro adidas –, será que os desempenhos que tiveram em seus clubes vão prevalecer?

Talvez seja tarde demais para que seus feitos façam com que eles superem nomes como o do campeão da Liga dos Campeões da UEFA, Thibaut Courtois (ganhador do prêmio em 2018), o do vice-campeão da Liga dos Campeões da UEFA, do Campeonato Inglês e da Copa da Inglaterra, Alisson (vencedor em 2019), e o do ícone do Campeonato Alemão, Manuel Neuer (o melhor de 2020).

Porém, a influência da Copa do Mundo não pode ser subestimada, já que a segunda colocação de Hugo Lloris em 2018 tenha se devido principalmente ao título da Copa do Mundo.

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Scaloni, eleito o melhor treinador. Foto: FIFA

Prêmio The Best FIFA de melhor técnico

Talvez a categoria em que a Copa do Mundo tenha maior influência será sobre o Prêmio The Best ao Técnico da FIFA. Diferentemente dos jogadores, os técnicos não costumam abranger clubes e seleções, e, assim, os destaques nos selecionados nacionais disputam a premiação palmo a palmo com os comandantes das equipes dos clubes

Lionel Scaloni e a formação de sua “Scaloneta” campeã mundial definitivamente colocaram o argentino na disputa, assim como Didier Deschamps fez em 2018, enquanto não podemos deixar de mencionar o feito de Walid Regragui à frente do Marrocos.

Por sua vez, Carlo Ancelotti, que comandou um Real Madrid indomável neste ano, é o provável candidato entre os treinadores de clubes no caminho dos dois técnicos de seleção.

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Torcida do Japão deu exemplo no Catar. Foto: FIFA

Prêmio FIFA à torcida

Único pelo fato de ser dedicado à torcida e escolhido por ela, este é o prêmio em que você realmente tem controle sobre quem será homenageado por um momento ou gesto notável.

Como tradição, a torcida japonesa deu exemplo ao limpar todo o lixo deixado após os jogos de sua seleção, enquanto os torcedores marroquinos foram elogiados pelas comemorações vibrantes, inclusivas e efervescentes. Será que essas demonstrações de respeito e êxtase estarão entre os momentos mais emblemáticos de 2022?

Prêmio especial FIFA à torcida à carreira excepcional

A cada ano, jogadores e jogadoras quebram recordes impressionantes, estabelecem novas marcas e realizam feitos grandiosos que nenhum homem ou mulher havia conseguido antes.

A Copa do Mundo FIFA de 2022, no Qatar, contribuiu para esses feitos. Lionel Messi é agora o jogador que mais partidas disputou e mais minutos esteve em campo no Mundial masculino, é o atleta que mais vezes foi capitão em Copas do Mundo masculinas e femininas e é o maior artilheiro da Argentina no torneio.

Por sua vez, Cristiano Ronaldo se tornou o primeiro jogador a marcar em cinco Copas do Mundo masculinas na história, quebrando também o recorde do atleta português mais velho a fazer um gol no Mundial. Olivier Giroud se tornou o maior artilheiro da seleção francesa, com 52 gols, Hugo Lloris se tornou o atleta que mais vezes vestiu a camisa da França (145 jogos) e Dani Alves desafiou a lógica e foi capitão do Brasil aos 39 anos de idade.

Mesmo desconsiderando os desempenhos em clubes ou o futebol feminino de seleções, este quadro já tem uma boa oferta de façanhas entre as quais escolher.