O longo caminho, de cerca de oito meses, da maior competição de clubes de futsal do Brasil começa nesta sexta-feira (22). A 29ª edição da Liga Nacional (LNF) vai ser aberta em Santa Catarina. Ao todo, 24 equipes participam da disputa. Com exceção do Brasília-DF, os demais times representam cidades do Sul e do Sudeste do país. ACBF, de Carlos Barbosa, Atlântico, de Erechim, e Assoeva, de Venâncio Aires, tentam manter a supremacia do Rio Grande do Sul no campeonato. São 10 conquistas desde 1996.
Vem de quadras gaúchas o time a ser batido na LNF deste ano. O Atlântico estreia no sábado (23), às 14h, contra o Minas Futsal, em Belo Horizonte, e inicia a jornada para defender o título inédito conquistado em 2023. Mais do que reforços, o Galo de Erechim tem na manutenção de nomes uma de suas garantias para a temporada. Entre eles, o treinador Paulinho Sananduva e o artilheiro e craque da última edição da Liga, Richard. Uma das novidades no elenco, o pivô Gessé, campeão da Libertadores com o Cascavel, do Paraná, também é esperança de gols.
— O Atlântico sempre se prepara para buscar uma vitória, tanto em casa quanto fora. Que bom que temos essa responsabilidade e essa cobrança de defender o título. Significa que fizemos um trabalho extremamente positivo no ano passado e, hoje, a gente começa a defender o que a gente mais almejou durante a existência do Atlântico: a conquista da Liga Nacional. E vamos trabalhar em busca da segunda taça — afirma Paulinha Sananduva.
Além de impor maior respeito nos ginásios, a troféu nacional incrementou o investimento anual do clube em cerca de R$ 1 milhão para este ano, conforme o diretor Cladir Dariva. Um pivô, com status de seleção brasileira, deve chegar no meio do ano, mas o dirigente não revela o nome por enquanto.
Tanto Atlântico, quanto ACBF e Assoeva já puderam sentir, em março, o gosto do que os espera na LNF. O trio participou da Supercopa Gramado, competição que reuniu times da elite do futsal brasileiro no município da Serra Gaúcha. Enquanto o time de Venâncio Aires caiu na primeira fase, Atlântico e ACBF fizeram as melhores campanhas da etapa classificatória. Contudo, ambos caíram nas semifinais.
O Atlântico acabou derrotado para o Joinville por 5 a 3. Já a equipe de Carlos Barbosa perdeu para o Praia Clube, de Uberlândia, por 4 a 1.
Retomada das grandes conquistas
A ACBF, considerada a maior grife do futsal do Rio Grande do Sul, dá os primeiros passos dentro do projeto que celebra os 50 anos do time, fundado em 1976. O clube pretende estar, daqui a dois anos, em um cenário de títulos nacionais e internacionais, a exemplo do que ocorreu no passado.
O primeiro movimento dentro dessa meta é voltar a disputar, em 2024, a Série Ouro de Futsal, competição vinculada à Federação Gaúcha de Futebol de Salão (FGFS) que ranqueia para campeonatos como Taça Brasil e Libertadores. Vencer a LNF novamente está na mira. Carlos Barbosa festejou o título pela vez mais recente em 2015.
Para esta temporada, o pivô Barbosinha, do Praia Clube, e o ala Neto, quarto e décimo artilheiros da Liga 2023, respectivamente, figuram na lista de contratações. O primeiro fez 22 gols, enquanto o outro marcou 18. Richard, do Atlântico, que ficou no topo da lista, balançou a rede 30 vezes.
Responsável por conduzir o time à conquista do Gauchão, o técnico André Bié teve o contrato renovado até 2026, tempo não muito comum no mundo do futsal. A permanência do comandante, que conhece boa parte dos atletas remanescentes, também é um dos trunfos da Laranja Mecânica. A ACBF joga nesta sexta-feira (22), às 20h, contra o Blumenau, em Santa Catarina.
Para mostrar que pode mais
Entre os três representantes do pampa, a Assoeva é quem fez os investimentos mais modestos para a temporada. A equipe ainda carrega o peso de ter sido campeã do Gauchão e vice-campeã nacional em 2017. Desde então, o time da Terra do Chimarrão não conseguiu repetir boas campanhas na LNF.
A missão da Assoeva na temporada é mostrar que pode ir além do que tem feito nos últimos anos. Na memória mais recente dos torcedores de Venâncio Aires, estão as quedas seguidas na Liga Nacional, para o Cascavel, do Paraná, e no Gauchão, para o Sercca, de Casca, desclassificações nas quartas de final.
Uma das esperanças da equipe é o treinador Fernando Malafaia, que, inclusive, era o comandante na histórica temporada de 2017. Na frente, uma das apostas é o pivô Dill, que era reserva na ACBF e busca mostrar seu valor com mais chances na Assoeva. O experiente ala Vini Scola, de 34 anos, ex-jogador do Praia Clube, echegou para ser referência dentro e fora das quadras. O jogador já atuou em Venâncio Aires e deixou boas lembranças, principalmente em 2019, quando foi decisivo no título da Série Ouro vencido pela Assoeva. A Assoeva encara o Pato Futsal, no Paraná, neste sábado (23), às 19h, na primeira rodada da LNF.
Jogos da 1ª rodada da Liga Nacional de Futsal
Sexta (22)
19h – Tubarão x Cascavel
20h – Blumenau x ACBF
Sábado (23)
14h – Minas x Atlântico
19h – São Lourenço x Magnus
19h – Pato x Assoeva
20h – Marreco x Joaçaba
20h – Umuarama x Jaraguá (transmissão do SporTV)
Domingo (24)
11h – Esporte Futuro x São José
11h – Brasília x Joinville
14h – Campo Mourão x Corinthians
Segunda (25)
20h – Foz Cataratas x Santo André
Terça (26)
19h30min – Taubaté x Praia Clube
*Todos os jogos serão transmitidos pelo YouTube da LNF