O “Clássico das Penas” reúne dois times com nomes de animais em uma das maiores rivalidades do futsal do Brasil. Neste sábado, tem mais um capítulo com o duelo às 19h.
Pato x Marreco, daí o apelido do confronto, em alusão às penas dos dois animais. Fora de quadra, as populações de Pato Branco e Francisco Beltrão, separadas por 55km no Sudoeste do Paraná, mantêm a rivalidade em tudo o que é possível.
Neste sábado, os dois times se enfrentam na última rodada da primeira fase Liga Nacional de Futsal. E o Pato tem a chance de eliminar o rival, na casa do adversário.
Mas essa história começou muito antes, mais precisamente nos anos 50. A chegada de imigrantes ao território onde fica Francisco Beltrão iniciou uma grande rivalidade regional. O município começou como “Vila das Marrecas”, já que no rio havia muitas marrecas selvagens.
Onde hoje é Pato Branco, havia a “Vila Nova”. E lá era a sede do Cango (Colônia Agrícola Nacional General Osório), uma entidade criada pelo então presidente Getúlio Vargas para colonizar as terras das fronteiras.
Com o surgimento da “Vila das Marrecas”, o órgão se mudou para lá, o que foi o princípio da grande rivalidade.
Desde então, surgiu o debate entre as populações das duas cidades. Seja por tamanho, habitantes, riquezas, investimentos e também no esporte. E assim Pato e Marreco criaram o Clássico das Penas.
Ele já viveu os dois lados
O pivô Sinoê pode falar com propriedade sobre o Clássico das Penas. Foram três anos jogando no Marreco, entre 2017 e 2019, e agora dois no Pato, desde o ano passado.
“Essa rivalidade não envolve só as equipes, ela envolve as cidades: Francisco Beltrão e Pato Branco. Qualquer esporte, qualquer jogo que tiver em disputa as duas cidades, a rivalidade vai ser muito grande. É sempre muito importante um atleta ter a chance de jogar um clássico com a rivalidade do tamanho do Clássico das Penas”, disse ao UOL.
“Importância desse clássico pras duas cidades é igual. Joguei nas duas equipes e a rivalidade é muito grande. O Clássico das Penas é um campeonato à parte. Os torcedores dos dois times têm a mesma intensidade, o mesmo alvoroço por esse jogo. Ninguém quer perder para o rival”, analisou…
Sobre a chance do Pato eliminar o Marreco, Sinoê prefere não entrar em polêmica e focar nos objetivos do próprio time.
“A gente já está classificado. É sempre bom ganhar um clássico, ainda mais na casa deles. Clássico é 50% pra cada lado. Eles são muito fortes em casa, temos um time que está em uma crescente muito boa. Esperamos um resultado positivo lá, que nos daria uma classificação melhor. Se eles vão ser eliminados, não cabe a nós. Pra torcida, é muito empolgante a gente tirar o Marreco, mas para nós o foco é subir na tabela”, completou