A ala Emilly foi uma das destaques da seleção brasileira no Torneio Internacional de futsal feminino, que se encerrou neste domingo com título invicto do Brasil contra o Paraguai. Além de campeã, a atleta também terminou a competição como artilheira, com oito gols marcados em quatro jogos.

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Em entrevista logo após o apito final na Arena Ivo Sguissardi, em Xanxerê, Emilly pediu mais valorização ao futsal feminino.

Emilly é atleta desde os 11 anos, quando, no colégio, os treinos começaram a fazer parte de sua rotina e a paixão pelo futsal foi intensificando.

— Comecei a jogar em Paranaguá, minha cidade, em alguns campeonatos não tão visíveis, mas que me deram a primeira oportunidade de sair da minha cidade, indo para o treino com o Telêmaco Borba, aos 14 anos. Lá fiquei por cinco anos e conclui minha graduação em administração — disse Emilly.

A ala de 28 anos também passou pelo Estrela de Guarulhos, Unifor e São José, antes de receber proposta para ir jogar na Espanha, pelo Torreblanca. Em 2022, Emilly se transferiu para o Burela, também da Espanha.

— Para mim o futsal é uma profissão, e faço dele minha fonte de sobrevivência, uma paixão. Amo estar trabalhando nessa área, me vejo no futsal ainda por muitos anos. É a minha vida hoje.

Apesar do preconceito da participação de mulheres em esportes predominantemente masculinos, Emilly acredita que o cenário está melhorando aos poucos, mas ainda necessita de passos largos para chegar ao ideal.

— Sabemos que o futsal vem melhorando, mas ainda não temos um calendário nacional de competições no futsal feminino, e é por isso também que muitas jogadoras, saem do país. A FIFA já nos prometeu o tão sonhado Mundial e agora é unir ainda mais forças para que eles divulguem uma data e aí sim podemos comemorar um passo gigantesco na nossa modalidade, será o ápice e o sonho realizado não só das jogadoras atuais e sim de todas as outras que já pararam de jogar, mas que sempre lutaram para que esse sonho fosse possível — completou.