Quem nasce no interior do Brasil sabe que as oportunidades de encontrar um ídolo são remotas. Assim como em dia de jogo difícil, elas não podem ser desperdiçadas. Por isso, quando olha para trás, bem antes de iniciar a carreira, o paranaense Bruno Rafael sublinha o aproveitamento da chance que cruzava as quadras de sua cidade.

“Toda vez que o Cavalca Verona ia jogar em Paranavaí, eu não perdia nenhum jogo, só para ver ele atuar, ficava encantando com o jeito que ele jogava, e queria fazer o mesmo quando ia treinar, pensando um dia ser igual a ele”, recorda o ala da ACBF. “Ele”, no caso é Anderson, um dos tantos ídolos do jogador. O outro é bem mais comum de figurar no topo da lista da maioria dos amantes da bola pesada: Falcão.

“Ter podido conhecer ele melhor, como atleta e como pessoa, e para completar tive o prazer da minha carreira em poder dividir o mesmo quarto com ele na concentração com a Seleção Brasileira de futsal.  Ele é o melhor, ele é o Rei do nosso futsal”, afirma Bruno Rafael, que espera voltar às quadras o quanto antes pela ACBF.

Bruno está prestes a voltar a fazer o que mais gosta e o que sempre sonhou desde criança. Lá de cima ele terá um torcedor ilustre que o acompanha e torce como ninguém. Para saber quem é, conheça mais da vida do jogador.

Ulisses Castro

Bruno está de volta à ACBF, clube onde conquistou a LNF em 2015. Foto: Ulisses Castro

Curiosidades do Bruno

Cidade que nasceu: Paranavaí-PR.

Lugar mais bonito que conheceu: Doha, no Qatar. Um lugar totalmente diferente das demais, cidade construída no meio do deserto com a beleza que tem, não tem como não ter se encantado.

Música:  Sertanejo, quando estou de férias com a família, nos churrascos de final de ano. Pop Rock, quando estou em casa de folga. Gospel, no momento de refletir. E Pagode no vestiário antes do jogo.

Artista favorito: Gosto bastante do Gustavo Lima, tem várias músicas dele que me fazem lembrar da infância nas festas de família que meu tio sempre cantava para animar o ambiente.

Comida favorita: Gosto bastante de filé à parmegiana. Aqui em Carlos Barbosa, Rio Grande do Sul, as vezes vou no Alambique para poder degustar e lembrar o prato que minha amada mãe Valmira fazia para mim na época em que eu morava com meus pais.

Hobby: Às vezes gosto de ler, para me concentrar e acalmar um pouco, espiritualmente me deixa mais tranquilo e leve, mas muitas vezes gosto de ver filme em família, de preferência com minha esposa, Ana Carolina.

Melhor jogo da carreira: Mundial de Clubes em Doha, no Qatar. Ganhamos do Tasisat, do Irã.  Esse jogo fiz 2 gols, um deles sendo um dos mais bonitos da minha carreira. Em uma dividida acabei chegando primeiro do marcador e acabei dando uma meia lua no adversário e acabei concluindo com o gol.

Jogo para esquecer: Liga Nacional de 2019 contra a equipe do Magnus. Eu estava atuando no Joinville. Jogo valido pela semifinal. No primeiro jogo em casa, diante do nosso torcedor, expectativa de um grande jogo, onde acabamos não tendo um dia nada feliz e acabamos perdendo diante do nosso torcedor por 7×0. Foi um dos piores dias da minha vida como atleta, sensação inexplicável, porém, de grande motivo para que isso nunca mais volte a se repetir.

Título mais importante que conquistou: Liga Nacional de 2015. No meu quarto ano de Liga Nacional com o título, ainda mais a equipe que tínhamos onde era falado que éramos a zebra da competição. Teve um valor muito maior, onde além do título conquistamos também o respeito e valor de cada um.

Ídolos no esporte: Cristiano Ronaldo: nunca está satisfeito, atleta de alta performance, exemplo dentro e fora de campo. Considerado uma máquina humana por suas disciplinas. E sempre querendo ser mais do que já é. E o Ayrton Senna, todos os domingos o Brasil, eu e minha família paravam para assistir a fórmula 1, e torcer pelas vitórias de Senna que representava nosso país, muitas vezes sendo narrado por Galvão Bueno “Airton Senna do Brasil” era de arrepiar.

Ídolo no futsal: Tenho vários: Falcão, Lenisio, Manoel Tobias e Anderson, mas os meus dois ídolos no futsal, foram Falcão e Anderson. Anderson, pelo primeiro contato, no início de tudo na minha vida como atleta de futsal. Na época o Anderson atuava no Cavalca Verona, de São Miguel do Iguaçu, e eu jogava nas escolinhas da São Lucas de Paranavaí. Toda vez que o Cavalca Verona ia jogar em Paranavaí, eu não perdia nenhum um jogo só para ver ele atuar, ficava encantando com o jeito que ele jogava, e queria fazer o mesmo quando ia treinar, pensando um dia ser igual a ele. Falcão, quando eu realmente passei a conhecer melhor o futsal na época muito difícil o acesso para assistir os jogos pela TV, não tinha como não ter o Falcão como ídolo, o poder de decisão o que ele fazia nas partidas era diferente de todos os outros, gênio!  Mas o maior motivo de todos eles foi ter atuado ao seu lado no Magnus, ter podido conhecer ele melhor, como atleta e como pessoa, e para completar tive o prazer da minha carreira em poder dividir o mesmo quarto com ele na concentração com a seleção brasileira de futsal.  Ele é o melhor, ele é o Rei do nosso futsal.

Sonho de criança: Ser atleta profissional de futsal, e honrar meu a vô que antes de morrer queria muito um dia me ver na TV. Não conseguiu me ver, porém sei que onde ele estiver, ele com certeza está orgulhoso de mim.

Sonho atual: Continuar servindo o meu país, e poder representar a Seleção Brasileira no Mundial de Seleções. Chegar ao topo daquilo que todo atleta almeja chegar.