Diante da pressão exercida por patrocinadores para que deixe o cargo antes do previsto, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, se pronunciou em entrevista à revista alemã “Bunte” nesta quarta-feira. Ele voltou a garantir que não deixará o cargo antes do dia 26 de fevereiro, data marcada para a eleição que definirá um novo presidente para a entidade.
– Eu lhe asseguro que vou parar no dia 26 de fevereiro de 2016. Então, eu vou terminar, mas não será um dia antes. Até lá, teremos encontrado um bom candidato, que será um grande novo presidente – disse Blatter, durante a entrevista.
Blatter foi reeleito em maio para o seu quinto mandato à frente da FIFA, mas decidiu abreviá-lo após as denúncias de corrupção que atingiram a FIFA no mesmo mês. Assim, convocou novas eleições e disse que não tentará o sexto mandato.
– Vou lutar até 26 de fevereiro. Por mim e pela FIFA. Estou convencido de que no mal aparecerá a luz e que o bem vai prevalecer.
Na sexta-feira, a Coca-Cola, patrocinadora da FIFA, iniciou o seu protesto ao exigir publicamente a renúncia imediata do presidente da Fifa e foi seguida por outras três marcas: McDonald’s, Visa e Budweiser. A empresa de bebidas acredita que a saída do suíço, envolvido em escândalos de corrupção, iria iniciar um processo de reforma sustentável na entidade máxima do futebol.
Isso acontece porque Blatter está sob investigação do Ministério Público da Suíça, acusado de gestão fraudulenta e apropriação indébita. Além disso, o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, está afastado de suas funções, acusado de participar de um esquema ilegal de venda de ingressos. Dois ex-vice-presidentes da FIFA (Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb) foram presos pelo FBI em maio. Para o suíço, tudo não passa de uma injustiça.
– Esta é apenas uma investigação, não uma acusação. A situação não é agradável. Estou sendo condenado sem que exista qualquer evidência de má conduta da minha parte. Isso é realmente ultrajante.
Notícia: GloboEsporte.com
Imagens: Reuters