O primeiro Clássico das Penas da atual configuração – Marreco e Pato – foi disputado em 2012. O ano marcou a estreia dos pato-branquenses na Série Ouro que, sob o comando de Márcio Borges, receberam o rival no Ginásio Dolivar Lavarda. 

Neto Cajaíba
Barbosa: o que define um Clássico das Penas é a determinação.

Entretanto, quem fez a festa foram os visitantes. Alan e Rômulo, duas vezes cada, marcaram e garantiram o triunfo verde-preto, enquanto Juninho anotou os gols dos donos da casa: 4×2. 

Naquela ocasião, o goleiro do Marreco era Sérgio Ernesto Barbosa, o “Barbosa”. Campeão do mundo em 1997 com o Internacional (RS), ele desembarcou em Francisco Beltrão em 2010 para atuar no clube da cidade. Desde então, não foi mais embora. Ícone da equipe, ele ostenta um feito: é o único personagem presente em todos os 27 Clássicos das Penas. 

Até 2015, disputava o confronto entre as maiores cidades do Sudoeste do Paraná dentro das quatro linhas. Desde que aposentou as luvas, atua como preparador de goleiros. 

“Lembro do primeiro clássico. Vencemos lá, por 4×2. Teve pênalti. O jogo mais memorável foi o ano passado, 2×1 pra nós, no Arrudão, com gol do Amadeu…Pelo momento que vivíamos…a chegada do Lavarda.”

Adolfo Pegoraro
Primeiro Clássico das Penas da história: Barbosa arruma a barreira em lance do Campeonato Paranaense de 2012.

Barbosa elege o segundo jogo da decisão da Série Ouro de 2017 como o confronto mais “doloroso”. “Perdemos o título nos pênaltis”, lamenta. 

Às 19h deste sábado, 27, será disputado o 28º Clássico das Penas, no Ginásio Dolivar Lavarda. Para Barbosa, o que sempre define o vencedor é a determinação. “A pegada, o querer vencer. Pra mim, a energia é a mesma. A única diferença é que não estou em quadra, mas é a emoção de sempre. Vejo que as duas equipes estão em situações parecidas. O momento não é o ideal pros dois, mas é clássico. Como num grenal.”

No retrospecto geral, o Marreco venceu nove clássicos das penas. Outros nove terminaram empatados, enquanto o Pato triunfou em nove ocasiões.