O Atlântico, de Erechim, foi absolvido pelo Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS) da punição por ter abandonado uma partida em protesto após um episódio de injúria racial na Liga Gaúcha de Futsal (LGF). Com a decisão, a partida contra o Guarany, de Espumoso, será retomada.
O TJD-RS aceitou o recurso do Atlântico e anulou a pena que havia resultado na perda de três pontos e consequente eliminação do time no Gauchão de Futsal. A punição inicial foi aplicada após o abandono da quadra, quando o goleiro João Paulo denunciou o caso de injúria racial durante a partida contra o Guarany, no dia 30 de novembro.
A decisão foi tomada em sessão nesta quarta. O jogo será retomado no Ginásio Módulo Esportivo, porém com portões fechados. Na ocasião, a partida foi interrompida aos 4 minutos do primeiro tempo da prorrogação, com o placar empatado em 1 a 1.
Por maioria de votos, o TJD-RS também aumentou a multa aplicada ao Guarany, que passou de R$ 10 mil para R$ 20 mil. Além disso, o torcedor responsável pela injúria racial segue proibido de acessar o Ginásio Módulo Esportivo por 720 dias.
Antes de confirmar a continuidade do jogo, que definirá o time que enfrentará a Yeesco na final do Gauchão de Futsal, os clubes ainda têm a possibilidade de recorrer ao STJD, com prazo de 72 horas.
Relembre o caso
A partida valia pela semifinal do Gauchão de Futsal e era disputada no Ginásio Módulo Esportivo, em Espumoso. O Atlântico venceu o tempo regulamentar por 4 a 1, o que levou a decisão para a prorrogação. No entanto, aos 4 minutos e 10 segundos do tempo extra, com o placar empatado em 1 a 1, o jogo foi interrompido após a denúncia de injúria racial.
O goleiro João Paulo, do Atlântico, relatou que foi chamado de “macaco” por um torcedor do Guarany. O atleta chegou a identificar o responsável, mas a segurança do clube não agiu para contê-lo. Diante disso, jogadores e comissão técnica do Atlântico decidiram não retomar a partida.