Um dos nomes queridos da torcida jaraguaense se despediu do Jaraguá Futsal (Pericó/CSM/Real Vidros/Kaiapo’s) nesta semana. O craque, ala, OitoMeia anunciou o desligamento da equipe na última segunda-feira (26). Ao todo foram três temporadas vestindo a camisa do futsal de Jaraguá do Sul, onde garante que teve muitas conquistas, tanto pessoais como profissionais.
De acordo com o presidente da ADJ (Associação Desportiva Jaraguá), Gerson Postai, esta foi uma decisão em comum acordo entre o atleta e a diretoria. “Ele estava sendo pouco aproveitado nos jogos. Além disso, o fim do ano se aproxima e os encaminhamentos começam a ser feitos para o ano que vem”, comenta Postai.
O motivo da saída é confirmado pelo atleta, que já vinha pensando em mudanças na carreira desde meados deste ano. “Estava um pouco afastado da equipe. Penso que seria muito importante profissionalmente ter a oportunidade de competir em outra equipe”, diz o camisa 86. Ele conta ter propostas de fora do país, mas a vontade é permanecer no Brasil. Por enquanto ele realiza alguns encaminhamentos e está aberto a negociações, mas ainda não existe um destino definido.
Em três anos, OitoMeia garante que passou ótimos momentos junto da equipe e da torcida, e vai levar consigo grandes aprendizados e amigos que fez por aqui. “Tenho comigo somente coisas positivas. Me sinto feliz de ter participado de parte da grande história que tem o Jaraguá Futsal, e acredito que este não seja um ‘adeus’, mas quem sabe um ‘até logo’”, finaliza o atleta.
O camisa 86
O ala Uhelliton Bonfim de Souza, mais conhecido como OitoMeia, é o craque que leva o número 86 estampado na camisa. Hoje com 29 anos de idade, pelo menos, nove são dedicados ao futsal profissional. O amor pela modalidade iniciou em sua terra natal, em Guarulhos, quando na escolinha do Veneza (1997). Depois seguiu nas bases (2001 e 2002) do Banespa, e posteriormente no Corinthians e na Wimpro.
Nas categorias de base dividiu o tempo entre o futebol e futsal por alguns clubes, como Wimpro, Banespa, Flamengo de Guarulhos e Brasiliense. Mas aos 18 anos definiu que a sua que a verdadeira paixão era a bola pesada e não saiu mais das quadras. Foi na Wimpro que assumiu a braçadeira de capitão e deu início à sua trajetória como profissional. Nesses nove anos foram muitos clubes: Wimpro (SP), Banespa (SP), Fiumicino F5 (Itália), São Caetano Futsal (SP), São Paulo/Suzano, Foz Futsal (PR), Palmeiras (SP), São Miguel do Iguaçu (PR), São Paulo/Londrina (PR), Ponta Grossa (PR), Inter/Movistar (Espanha) e Jaraguá Futsal, a partir de meados de 2013, onde ajudou a conquistar a Taça Brasil de Clubes em 2015.
Antes do período profissional, quando sobrava tempo encaixava vários trabalhos extras. Chegou a vender peixe, queijo, pasta de dente, ajudante de pedreiro e pintor. Foi também treinador de goleiros da equipe sub-20 da Wimpro em 2007. De família humilde, que veio da Bahia para São Paulo, traz grandes ensinamentos dos pais que hoje leva como base.
Notícia: Gabriela Bubiniak
Imagens: Henrique Porto/ Sporto/ João Lucas Cardoso