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Marquinhos Xavier, técnico da seleção brasileira de futsal il | Foto: FIFA

Mesmo sem uma atuação brilhante, o Brasil goleou a Costa Rica por 5 a 0 nesta terça-feira pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Futsal. Foram dois gols na primeira etapa e mais três no segundo tempo. A seleção agora espera pelo vencedor de Irã x Marrocos, que jogam na quinta-feira, para saber o adversário das quartas de final, que joga no domingo às 9h30.

O técnico Marquinhos Xavier, que fez dois pedidos de tempo ao longo da partida com a Costa Rica, destacou a necessidade de o time ter segurança defensiva. Passar a partida sem sofrer gols é um dos principais objetivos do comandante.

“A gente tem procurado reforçar sempre essa importância de vencer sem sofrer gols, estar sempre se distanciando da possibilidade de reversão do placar durante a partida. Acho que a defesa dá isso e espero que a gente continue apaixonado pela defesa, por se defender bem.”

Marquinhos também citou a mudança de fase como um marco na competição, onde, diferente da primeira fase, a margem de erro é praticamente zero. Isso muda também a condição psicológica dos jogadores. Ele garante que o grupo não se iludiu com as goleadas da fase inicial.

“Agora é o momento em que você tem que jogar – e na cabeça do atleta está muito isso – um jogo de eliminação, é uma outra competição, um formato totalmente diferente. E para aqueles que acreditam que a gente se ilude com a primeira fase, não, todos os dias a gente prega isso. Nós fizemos uma boa primeira fase, sabíamos que nós poderíamos errar, poderíamos perder, e isso traz tranquilidade. Agora é jogar com a mesma performance sem aquela tranquilidade, porque tudo elimina. Experimentar nesse jogo de hoje essa tensão também foi importante para a gente entender de que forma tem que equilibrar a equipe, porque agora vem as quartas de final e vai cada vez mais se aproximando adversários que também querem chegar no objetivo que a gente quer. Então a gente acaba que vai dividir também o protagonismo. Agora são jogos que a concentração e o foco vão ser cirúrgicos para a gente alcançar o objetivo.”
Neguinho, autor de dois gols contra a Costa Rica no segundo tempo, também reforçou a preocupação do time com o sistema defensivo, mesmo com um saldo de 30 gols em quatro jogos.

“Acredito que a gente sabe da qualidade dos nossos jogadores e do nosso ataque, e acredito que a gente veio mais focando na nossa marcação. Fazendo uma boa marcação o nosso jogo ofensivo ia fluir (…).
Leandro Lino, que nesta terça-feira marcou seu primeiro gol na competição, destacou também o aumento das dificuldades impostas pelos adversários a cada fase que se avança. Ele lembrou jogos recentes do Brasil com Irã e Marrocos, possíveis rivais nas quartas de final.”A gente sabe que as duas seleções são muito qualificadas. Jogamos contra Marrocos nas quartas de finais do outro Mundial, foi um jogo superdifícil, onde a gente ganhou de 1 a 0. Jogamos contra o Irã na Copa das Nações em Sorocaba, eu não estava jogando, mas vi o quanto foi difícil o jogo. Mas agora é descansar, ver os vídeos, estudar bastante as duas seleções, esperar quem vai passar para a gente estrar super focado para ir em busca do nosso objetivo, que é o título.”