Pouco mais de dois anos após marcar o gol de número 300 e se isolar como maior artilheiro da história do Magnus, Rodrigo foi além. Ao fechar o placar da vitória sobre o Joaçaba, que confirmou a equipe nas quartas de final da Liga Nacional, o fixo subiu mais um degrau na escada dos recordes do clube, atingindo agora a impressionante marca de 400 bolas nas redes adversárias.
E, ao que tudo indica, essa história não deve ganhar um capítulo final tão cedo. Aos 39 anos, o Capita segue jogando em alto nível. Prova disso é o fato de liderar a equipe ao título Paulista, à final da Copa do Brasil e a mais um playoff de LNF. Nesta última competição, aliás, ele é o artilheiro da equipe com 19 gols e figura no top 5 de goleadores de toda a liga.
No Magnus desde a sua fundação, em 2014, Rodrigo é o maior nome da história do clube e assumiu o posto de ser a cara do projeto. Não à toa, ele é o único jogador a fazer parte da conquista de absolutamente todos os títulos da equipe – o treinador Ricardinho também, mas alternando entre a quadra e a comissão técnica.
Apesar da nova marca, o Capita diz que ainda quer ver sua marca sendo batida. O fixo comemorou a nova conquista, mas voltou as atenções para a decisão da Copa do Brasil, no domingo, que pode render ao Magnus um título inédito. No jogo de ida, os paulistas venceram o Apodi-RN fora de casa por 4 a 2.
– Estou muito feliz, entrei para a história, mas vou torcer para alguém bater. Não vou eternizar isso, não. Vou torcer para alguém bater isso, pois quero um dia estar na arquibancada e o cara falar: “Passei o Capita”. Quero que as pessoas tenham a meta de jogar aqui no Sorocaba e bater o meu recorde, mas estou muito feliz. Um time que teve tantas estrelas, tantos grandes jogadores, o maior de todos, que é o Falcão, e eu ter 400 gols com essa camisa, são dez anos defendendo essa camisa e muitos títulos. Agora é trabalhar muito para colocar na nossa galeria o único título que falta, que é a Copa do Brasil. Aí, meu amigo, vocês vão ter que me aguentar – disse.
– Quando começou a temporada faltavam 40. A galera dizendo: “Ah, tá velho, não vai fazer”. Eu gosto de desafio, sou um cara movido a desafios, fiz 40 e ainda temos mais jogos pela frente. Fomos campeões paulista, o que é o mais importante, estamos na final da Copa do Brasil e os gols vão acontecendo em momentos decisivos.
Agora, o camisa 14 totaliza 400 gols em 537 jogos pelo Magnus. Com esses números, ele ostenta uma impressionante média de 0,74 gol por partida. Ou seja, a cada quatro jogos, o Capita balança as redes pelo menos três vezes, praticamente.
Veja os números de Rodrigo ano a ano pelo Magnus
2014 – 56 jogos | 33 gols
2015 – 69 jogos | 57 gols
2016 – 49 jogos | 34 gols
2017 – 51 jogos | 54 gols
2018 – 64 jogos | 39 gols
2019 – 55 jogos | 46 gols
2020 – 30 jogos | 20 gols
2021 – 39 jogos | 26 gols
2022 – 66 jogos | 51 gols
2023* – 58 jogos | 40 gols
Dá para chegar nos mil?
Ao longo de toda a carreira, contabilizando os demais clubes e a seleção brasileira, Rodrigo totaliza 857 gols. Além dos 400 pelo Magnus, foram 83 pelo Santa Fé, 271 pelo Carlos Barbosa e 103 com a amarelinha do Brasil.
Para chegar aos mil, portanto, restam 143. E a pergunta que fica. Será que dá? Para o próprio Capita, a meta é um tanto quanto ambiciosa e ele prefere moderar as expectativas.
– Agora vamos colocando novas metas. Estava conversando com o pessoal e eles disseram para buscar os mil. Mas mil beira a loucura. São mais três temporadas nessa batida, estou com 39 anos e jogar até os 42 não é fácil. Então vamos com uma meta mais baixa, quem sabe chegar nos 900.
Rodrigo até brinca com o tema, mas garante que no momento o foco é “zerar o game” pelo Sorocaba, algo que está muito próximo de acontecer.
– Temos no próximo final de semana a Copa do Brasil, que se formos campeões fechamos o ciclo com o Magnus de ganhar todos os títulos possíveis com uma equipe. Fiz isso no Carlos Barbosa e quero fazer isso aqui. Você vai conquistando meta, atingindo objetivos e número é algo que ninguém apaga. Fico muito feliz por ter batido esse recorde, está marcado, mas mil acho que está longe. Só se eu começar a fazer esses amistosos por aí. Os 857 são com súmula, em competições oficiais. Agora, se começar a fazer amistosos por aí, quem sabe – comenta, aos risos.